Voltar
Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Biomassa na Amazônia freia aquecimento global
A taxa de crescimento das árvores em áreas primitivas da Amazônia acelerou substancialmente nas últimas décadas, ocasionando um aumento da biomassa (matéria viva), de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira.
Isso teria auxiliado, segundo os cientistas, a diminuir um pouco o ritmo do aquecimento global, já que a biomassa ajuda a limpar o dióxido de carbono (CO2) do ar.
As conclusões estão no jornal científico da Royal Society, centro de Ciência da Grã-Bretanha, que, na edição deste mês, publica 17 estudos sob o tema Mudança Atmosférica Global e Florestas Tropicais.
Segundo os pesquisadores, ainda há discussões sobre as causas que levaram a essa alteração na biomassa.
Mas eles apontam alguns fatores que podem ter contribuído para isso: o aumento da concentração de CO2 na atmosfera e da temperatura na superfície, além de mudanças nos raios solares.
Lado negativo
Yadvinder Malhi, professor da Universidade de Edimburgo e um dos co-autores do estudo, salienta, no entanto, que esse aumento da biomassa não significa apenas boas notícias.
"Isso não é, necessariamente, uma coisa boa para a floresta pois há maior competivividade entre as plantas por nutrientes e a biodiversidade pode diminuir", explicou.
O professor Oliver Phillip, da Universidade de Leeds, que também trabalhou na pesquisa, destaca que o aumento da biomassa poderá ser revertido nas próximas duas décadas como efeito do desflorestamento e do aquecimento global.
Embora o aquecimento global tenha sido freado, ainda que modestamente, os cientistas dizem ter constatado que as florestas tropicais registraram um aumento de 0,5º C nos últimos 20 anos.
Eles alertaram que há uma expectativa de que ocorra uma alta de 3º C a 8º C até o final do século, tendo implicações perigosas para as florestas, o clima na Terra e os seres humanos.
El Niño
Enquanto algumas florestas estão registrando um aumento da biomassa, outras estariam sendo destruídas devido a uma combinação de pressões climáticas e da interferência dos homens.
Dois estudos relatam como a combinação das mudanças de temperatura e do desflorestamento deixam as florestas mais vulneráveis às queimadas.
O brasileiro Carlos Peres, da Universidade de East Anglia e co-autor de um dos estudos, concluiu que o fenômeno El Niño e o desflorestamento deixam o solo das florestas mais seco e, portanto, aumentam o risco de queimadas.
Todos os cientistas concordam que existe uma urgência na necessidade de implementar ações de conservação e criar corredores florestais para dar a algumas espécies a chance de se mover à medida que o clima muda.
"Essa pesquisa mostra que a conservação das florestas tropicais restantes precisará levar em conta as novas pressões que a mudança atmosférica global está tendo nas florestas. No século 21, estamos nos direcionando a uma atmosfera feita pelo homem e a uma situação climática que não foi experimentada pela Terra por, no mínimo, 20 milhões de anos. Estamos profundamente preocupados como esses ecossistemas vão responder a essas mudanças", afirmou Malhi.
Fonte: Amazonia.org.br – 13/02/2004
Isso teria auxiliado, segundo os cientistas, a diminuir um pouco o ritmo do aquecimento global, já que a biomassa ajuda a limpar o dióxido de carbono (CO2) do ar.
As conclusões estão no jornal científico da Royal Society, centro de Ciência da Grã-Bretanha, que, na edição deste mês, publica 17 estudos sob o tema Mudança Atmosférica Global e Florestas Tropicais.
Segundo os pesquisadores, ainda há discussões sobre as causas que levaram a essa alteração na biomassa.
Mas eles apontam alguns fatores que podem ter contribuído para isso: o aumento da concentração de CO2 na atmosfera e da temperatura na superfície, além de mudanças nos raios solares.
Lado negativo
Yadvinder Malhi, professor da Universidade de Edimburgo e um dos co-autores do estudo, salienta, no entanto, que esse aumento da biomassa não significa apenas boas notícias.
"Isso não é, necessariamente, uma coisa boa para a floresta pois há maior competivividade entre as plantas por nutrientes e a biodiversidade pode diminuir", explicou.
O professor Oliver Phillip, da Universidade de Leeds, que também trabalhou na pesquisa, destaca que o aumento da biomassa poderá ser revertido nas próximas duas décadas como efeito do desflorestamento e do aquecimento global.
Embora o aquecimento global tenha sido freado, ainda que modestamente, os cientistas dizem ter constatado que as florestas tropicais registraram um aumento de 0,5º C nos últimos 20 anos.
Eles alertaram que há uma expectativa de que ocorra uma alta de 3º C a 8º C até o final do século, tendo implicações perigosas para as florestas, o clima na Terra e os seres humanos.
El Niño
Enquanto algumas florestas estão registrando um aumento da biomassa, outras estariam sendo destruídas devido a uma combinação de pressões climáticas e da interferência dos homens.
Dois estudos relatam como a combinação das mudanças de temperatura e do desflorestamento deixam as florestas mais vulneráveis às queimadas.
O brasileiro Carlos Peres, da Universidade de East Anglia e co-autor de um dos estudos, concluiu que o fenômeno El Niño e o desflorestamento deixam o solo das florestas mais seco e, portanto, aumentam o risco de queimadas.
Todos os cientistas concordam que existe uma urgência na necessidade de implementar ações de conservação e criar corredores florestais para dar a algumas espécies a chance de se mover à medida que o clima muda.
"Essa pesquisa mostra que a conservação das florestas tropicais restantes precisará levar em conta as novas pressões que a mudança atmosférica global está tendo nas florestas. No século 21, estamos nos direcionando a uma atmosfera feita pelo homem e a uma situação climática que não foi experimentada pela Terra por, no mínimo, 20 milhões de anos. Estamos profundamente preocupados como esses ecossistemas vão responder a essas mudanças", afirmou Malhi.
Fonte: Amazonia.org.br – 13/02/2004
Fonte:
Notícias em destaque
Panorama exportações de madeira - Novembro
Em outubro de 2025, as exportações brasileiras de produtos derivados da madeira (exceto celulose e papel) diminuíram 2% em...
(MERCADO)
Silvicultura de precisão: da muda à colheita, a tecnologia como eixo central da nova era florestal
A silvicultura brasileira vive uma transformação silenciosa, porém profunda. A combinação entre genética...
(TECNOLOGIA)
Como plantar o kiri japonês, árvore conhecida por crescer rápido e pela madeira muito valorizada
Cartilha da Embrapa mostra como dar os primeiros passos no cultivo.
O programa deste domingo (30) recebeu um pedido diferente: uma...
(MADEIRA E PRODUTOS)
Megafábrica dá primeiros passos para ampliar produção de celulose
A partir de 2026 a Eldorado acelerar o ritmo de plantio de eucalipto, podendo chegar a 50 mil hectares anuais em MS
Fábrica de...
(PAPEL E CELULOSE)
Setor madeireiro mostra resiliência e mira retomada em 2026
Somapar, STCP e WoodFlow avaliam o mercado e apontam 2026 como um ano de reorganização, cautela e oportunidades para a madeira...
(MADEIRA E PRODUTOS)
Programa de Apicultura da Suzano bate recorde e consolida Três Lagoas como líder na produção de mel em MS
Com 309 toneladas produzidas em 2024, iniciativa reúne 158 apicultores e registra crescimento de 48% em relação ao ano...
(AGRO)














