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Notícias
02
abr
2009
(MÓVEIS)
Exportação de móveis para a Argentina cai 51% no bimestre
Um novo ciclo de queda acentuada de exportações de móveis para a Argentina - nos moldes do que aconteceu em 2000/2001 - começa a surgir no horizonte de curto prazo, desta vez provocada pela forte retração da economia interna do país vizinho. Números da Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul (Movergs) mostram que no primeiro bimestre de 2009 o Brasil exportou 51,3% menos em relação a igual período do ano passado (US$ 6,4 milhões este ano, ante US$ 13,1 milhões ano passado).
A queda de 51,3% representa o pior bimestre desde 2004. A taxa média anual de crescimento, entre 2004 e 2008, atingiu 72% ao ano. Mas incluindo janeiro e fevereiro deste ano a média cai para 39,49%. "De um modo geral a indústria deles do ponto de vista tecnológico é desatualizada", diz o vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Ademar de Gasperi. O diretor da Madellegno, de Bento Gonçalves, Jorge Matiello, acredita que todo setor enfrentará dificuldades pela frente, mas não arrisca palpite.
O anúncio de criação de uma licença prévia para a importação, por parte do Executivo portenho, é um novo complicador na relação bilateral. A medida, de caráter protecionista, é objeto de tratativas entre governos. A Venezuela já adota licença. O Equador adotou recentemente barreira tarifária ao elevar a alíquota de importação de 24,5% para 60,5%. "Estes mercados não possuem fábricas suficientes para atender a demanda, mas esta situação dependerá de pressão a ser exercida pelos empresários locais para ser resolvida", diz Matiello. "Está na hora, também, de o Brasil exercer sua liderança na América Latina", afirma.
Um terço dos embarques tem como destino países da União Européia (UE) e a situação por lá não está tão diferente do que ocorre próximo ao Brasil. Nos dois primeiros meses deste ano as exportações recuaram 38.6% para a França; 19,1% para Reino Unido;11,1% para Alemanha; 11,5% para Países Baixos e 50% para Espanha. Na soma geral, o Brasil fechou janeiro e fevereiro com queda de 31,7% sobre o mesmo bimestre de 2008 (US$ 96,5 milhões ante US$ 141,2 milhões o ano passado).
"O problema na União Européia é retração de mercado. Tenho um cliente na Espanha que costumava importar? 2 milhões, no ano passado importou ? 400 mil e neste ano somente ? 50 mil", exemplifica Matiello. A Irlanda e a Espanha, segundo ele, cresceram rapidamente nos últimos anos e não demoraram nada para despencar. "O Reino Unido ocupa hoje o espaço que era da Argentina", diz a presidente da Movergs, Maristela Longhi, acrescentando que a Argentina (isoladamente) absorve cerca de um terço das exportações totais do Brasil - e do Rio Grande do Sul.
A taxa média anual de crescimento das exportações brasileiras entre 2004 e 2008 foi de 10,61%, mas considerando o bimestre 2009 ela reduz para apenas 2,08%. O tamanho da queda das exportações esperadas para este ano ainda é imensurável. Alguns prognósticos indicam que ela tem chances de fechar com dois dígitos.
Redução de impostosNo plano interno, o "pacote de anticrise" elaborado pela Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário (Abimóvel) pretende convencer a área econômica a reduzir a alíquota do IPI de 10% para 5%, e, paralelamente, pedir, ainda que de forma temporária, a redução da alíquota do Imposto de Importação para chapas de madeira, uma maneira, segundo José Luiz Fernandez, de combater o oligopólio no setor - formado por oito empresas.
Outro pleito da entidade é destinar aos moveleiros uma parcela dos recursos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento PAC da Habitação. Fernandez quer um percentual dos recursos, dentro de um financiamento "casado", para a compra de móveis que fiquem agregados às moradias. O empresário faz algumas contas e diz que 10% dos R$ 90 bilhões previstos dariam uma tremenda turbinada na indústria moveleira do País.
A queda de 51,3% representa o pior bimestre desde 2004. A taxa média anual de crescimento, entre 2004 e 2008, atingiu 72% ao ano. Mas incluindo janeiro e fevereiro deste ano a média cai para 39,49%. "De um modo geral a indústria deles do ponto de vista tecnológico é desatualizada", diz o vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Ademar de Gasperi. O diretor da Madellegno, de Bento Gonçalves, Jorge Matiello, acredita que todo setor enfrentará dificuldades pela frente, mas não arrisca palpite.
O anúncio de criação de uma licença prévia para a importação, por parte do Executivo portenho, é um novo complicador na relação bilateral. A medida, de caráter protecionista, é objeto de tratativas entre governos. A Venezuela já adota licença. O Equador adotou recentemente barreira tarifária ao elevar a alíquota de importação de 24,5% para 60,5%. "Estes mercados não possuem fábricas suficientes para atender a demanda, mas esta situação dependerá de pressão a ser exercida pelos empresários locais para ser resolvida", diz Matiello. "Está na hora, também, de o Brasil exercer sua liderança na América Latina", afirma.
Um terço dos embarques tem como destino países da União Européia (UE) e a situação por lá não está tão diferente do que ocorre próximo ao Brasil. Nos dois primeiros meses deste ano as exportações recuaram 38.6% para a França; 19,1% para Reino Unido;11,1% para Alemanha; 11,5% para Países Baixos e 50% para Espanha. Na soma geral, o Brasil fechou janeiro e fevereiro com queda de 31,7% sobre o mesmo bimestre de 2008 (US$ 96,5 milhões ante US$ 141,2 milhões o ano passado).
"O problema na União Européia é retração de mercado. Tenho um cliente na Espanha que costumava importar? 2 milhões, no ano passado importou ? 400 mil e neste ano somente ? 50 mil", exemplifica Matiello. A Irlanda e a Espanha, segundo ele, cresceram rapidamente nos últimos anos e não demoraram nada para despencar. "O Reino Unido ocupa hoje o espaço que era da Argentina", diz a presidente da Movergs, Maristela Longhi, acrescentando que a Argentina (isoladamente) absorve cerca de um terço das exportações totais do Brasil - e do Rio Grande do Sul.
A taxa média anual de crescimento das exportações brasileiras entre 2004 e 2008 foi de 10,61%, mas considerando o bimestre 2009 ela reduz para apenas 2,08%. O tamanho da queda das exportações esperadas para este ano ainda é imensurável. Alguns prognósticos indicam que ela tem chances de fechar com dois dígitos.
Redução de impostosNo plano interno, o "pacote de anticrise" elaborado pela Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário (Abimóvel) pretende convencer a área econômica a reduzir a alíquota do IPI de 10% para 5%, e, paralelamente, pedir, ainda que de forma temporária, a redução da alíquota do Imposto de Importação para chapas de madeira, uma maneira, segundo José Luiz Fernandez, de combater o oligopólio no setor - formado por oito empresas.
Outro pleito da entidade é destinar aos moveleiros uma parcela dos recursos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento PAC da Habitação. Fernandez quer um percentual dos recursos, dentro de um financiamento "casado", para a compra de móveis que fiquem agregados às moradias. O empresário faz algumas contas e diz que 10% dos R$ 90 bilhões previstos dariam uma tremenda turbinada na indústria moveleira do País.
Fonte: Gazeta Mercantil
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