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Notícias
01
mar
2009
(BIOENERGIA)
Comercializadoras miram a geração de biomassa
A expansão do interesse dos usineiros de cana-de-açúcar em investir na produção de energia elétrica está atraindo a atenção das empresas que comercializam eletricidade para os grandes consumidores do mercado livre, ambiente de negócio em que não há vínculo com uma distribuidora.
"Sempre focamos a nossa compra de energia nas PCHs (pequenas centrais hidrelétricas), mas agora a intenção é comprar mais eletricidade de biomassa das usinas sucroalcooleiras", diz Paulo Toledo, sócio-diretor da comercializadora Ecom Energia.
A empresa é a primeira do mercado livre (que representa 25% do total da energia consumida no Brasil) a abrir uma filial no interior de São Paulo a fim de intensificar a relação com o setor sucroalcooleiro. "Estamos montando uma estrutura em Catanduva, local em que há concentração de usinas", afirma Toledo.
O executivo explica que a Ecom Energia tem uma "estrutura forte com as pequenas centrais hidrelétricas, que será mantida". "Porém, queremos aumentar em 100% o volume comercializado de energia de biomassa, para cerca de 150 megawatts médios", estima Toledo.
A comercializadora Comerc, que também já negocia energia de biomassa, vê na fonte de energia produzida a partir do bagaço da cana-de-açúcar e de outros produtos uma boa oportunidade para ampliação da sua carteira de oferta. "O potencial brasileiro nesta fonte é muito grande e precisa ser aproveitado", diz Marcelo Parodi, presidente da Comerc. A empresa vendeu no ano passado 20 MW médios de energia de biomassa e este ano já tem contratado 34 MW médios. A perspectiva da Comerc é que este número chegue, ainda em 2009, em pelo menos 80 MW médios.
Segundo estudo do Instituto Acende Brasil, com os canaviais brasileiros existentes o País poderia gerar mais de 14.000 megawatts (MW). Hoje, a participação da biomassa na matriz elétrica brasileira é de 4,31%, sendo 3,25% oriunda da cana-de-açúcar (1,5 mil MW médios), produzidos por 263 usinas, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Apesar da pouca representatividade na matriz do País, o crescimento geração a partir da biomassa é bastante significativo: entre 2005 e 2008, a eletricidade produzida a partir do bagaço da cana-de-açúcar cresceu 20%.
Fontes que se completam - Os executivos lembram ainda a complementaridade que há entre a fonte hidrelétrica e a biomassa de cana. "A PCH gera energia o ano inteiro, porém com mais intensidade no período úmido (de novembro a abril). A biomassa, por sua vez, só produz eletricidade durante o período de safra (entre abril e dezembro), portanto uma complementa a geração da outra", avalia Toledo.Parodi ressalta a importância da complementaridade. "Desta forma, nós, os comercializadores, podemos mesclar as fontes e vender blocos de energia de um ano", diz o presidente da Comerc.
Mais incentivo - "As PCHs que entraram em operação até 2002 têm 100% de desconto no chamado custo do fio, o que estimula muito a comercialização da energia. Para as usinas de biomassa o desconto é de 50%, mas poderia haver um incentivo ainda mais forte para a participação da biomassa crescer no mercado", diz Marcelo Parodi.
Toledo, da Ecom, concorda com Parodi. "A biomassa, assim como a PCH, é uma fonte alternativa e, por isso, tem o desconto do fio. Mas poderia ter mais um incentivo", defende o diretor da Ecom.
Ajuda governamental - Para Toledo, as usinas mais novas, sobretudo as localizadas no Mato Grosso do Sul e Goiás, que estão com dificuldades de se conectar à rede devido à distância das linhas de transmissão e ao alto custo, deveriam ter auxílio do governo para a instalação dos fios. "Todo tipo de expansão no setor elétrico tem que ter auxílio do governo", diz, para completar: "As linhas de transmissão, após alguns anos, acabam se tornando das distribuidoras por concessão. Portanto, a construção poderia ser por conta destas empresas", comenta Toledo. O diretor da Ecom diz ainda que as distribuidoras poderiam ter alguma contrapartida como um subsídio para a cobrança da tarifa daquela região. "Se o governo subsidiar a tarifa, a distribuidora seria remunerada mais para frente", afirma.
Não é mais subproduto - Toledo lembra que, "de dois anos para cá, a energia passou a fazer parte do portfólio das usinas sucroalcooleiras". "Eletricidade não é mais um subproduto para os usineiros. Além de açúcar e álcool, eles também querem produzir energia". O diretor da Ecom o setor de biomassa como promissor e potencial gerador de liquidez no mercado de energia. "Com os recentes aumentos no preço da energia, as usinas de cana descobriram mais um produto, que é a eletricidade", reforça.
De acordo com a Associação Paulista de Cogeração de Energia (Cogen-SP), o setor sucroalcooleiro vai aplicar R$ 45 bilhões até 2015 em projetos de cogeração. "As usinas já começaram a investir em energia e o negócio para nós está cada vez mais rentável e interessante", diz Toledo.
"Sempre focamos a nossa compra de energia nas PCHs (pequenas centrais hidrelétricas), mas agora a intenção é comprar mais eletricidade de biomassa das usinas sucroalcooleiras", diz Paulo Toledo, sócio-diretor da comercializadora Ecom Energia.
A empresa é a primeira do mercado livre (que representa 25% do total da energia consumida no Brasil) a abrir uma filial no interior de São Paulo a fim de intensificar a relação com o setor sucroalcooleiro. "Estamos montando uma estrutura em Catanduva, local em que há concentração de usinas", afirma Toledo.
O executivo explica que a Ecom Energia tem uma "estrutura forte com as pequenas centrais hidrelétricas, que será mantida". "Porém, queremos aumentar em 100% o volume comercializado de energia de biomassa, para cerca de 150 megawatts médios", estima Toledo.
A comercializadora Comerc, que também já negocia energia de biomassa, vê na fonte de energia produzida a partir do bagaço da cana-de-açúcar e de outros produtos uma boa oportunidade para ampliação da sua carteira de oferta. "O potencial brasileiro nesta fonte é muito grande e precisa ser aproveitado", diz Marcelo Parodi, presidente da Comerc. A empresa vendeu no ano passado 20 MW médios de energia de biomassa e este ano já tem contratado 34 MW médios. A perspectiva da Comerc é que este número chegue, ainda em 2009, em pelo menos 80 MW médios.
Segundo estudo do Instituto Acende Brasil, com os canaviais brasileiros existentes o País poderia gerar mais de 14.000 megawatts (MW). Hoje, a participação da biomassa na matriz elétrica brasileira é de 4,31%, sendo 3,25% oriunda da cana-de-açúcar (1,5 mil MW médios), produzidos por 263 usinas, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Apesar da pouca representatividade na matriz do País, o crescimento geração a partir da biomassa é bastante significativo: entre 2005 e 2008, a eletricidade produzida a partir do bagaço da cana-de-açúcar cresceu 20%.
Fontes que se completam - Os executivos lembram ainda a complementaridade que há entre a fonte hidrelétrica e a biomassa de cana. "A PCH gera energia o ano inteiro, porém com mais intensidade no período úmido (de novembro a abril). A biomassa, por sua vez, só produz eletricidade durante o período de safra (entre abril e dezembro), portanto uma complementa a geração da outra", avalia Toledo.Parodi ressalta a importância da complementaridade. "Desta forma, nós, os comercializadores, podemos mesclar as fontes e vender blocos de energia de um ano", diz o presidente da Comerc.
Mais incentivo - "As PCHs que entraram em operação até 2002 têm 100% de desconto no chamado custo do fio, o que estimula muito a comercialização da energia. Para as usinas de biomassa o desconto é de 50%, mas poderia haver um incentivo ainda mais forte para a participação da biomassa crescer no mercado", diz Marcelo Parodi.
Toledo, da Ecom, concorda com Parodi. "A biomassa, assim como a PCH, é uma fonte alternativa e, por isso, tem o desconto do fio. Mas poderia ter mais um incentivo", defende o diretor da Ecom.
Ajuda governamental - Para Toledo, as usinas mais novas, sobretudo as localizadas no Mato Grosso do Sul e Goiás, que estão com dificuldades de se conectar à rede devido à distância das linhas de transmissão e ao alto custo, deveriam ter auxílio do governo para a instalação dos fios. "Todo tipo de expansão no setor elétrico tem que ter auxílio do governo", diz, para completar: "As linhas de transmissão, após alguns anos, acabam se tornando das distribuidoras por concessão. Portanto, a construção poderia ser por conta destas empresas", comenta Toledo. O diretor da Ecom diz ainda que as distribuidoras poderiam ter alguma contrapartida como um subsídio para a cobrança da tarifa daquela região. "Se o governo subsidiar a tarifa, a distribuidora seria remunerada mais para frente", afirma.
Não é mais subproduto - Toledo lembra que, "de dois anos para cá, a energia passou a fazer parte do portfólio das usinas sucroalcooleiras". "Eletricidade não é mais um subproduto para os usineiros. Além de açúcar e álcool, eles também querem produzir energia". O diretor da Ecom o setor de biomassa como promissor e potencial gerador de liquidez no mercado de energia. "Com os recentes aumentos no preço da energia, as usinas de cana descobriram mais um produto, que é a eletricidade", reforça.
De acordo com a Associação Paulista de Cogeração de Energia (Cogen-SP), o setor sucroalcooleiro vai aplicar R$ 45 bilhões até 2015 em projetos de cogeração. "As usinas já começaram a investir em energia e o negócio para nós está cada vez mais rentável e interessante", diz Toledo.
Fonte: Gazeta Mercantil - SP
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