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Notícias

27
fev
2009
(GERAL)
Florestas chilenas são melhores preparadas para enfrentar a crise

Em que pese a celulose ter acumulado 35 semanas consecutivas baixando preços nos mercados internacionais, as empresas chilenas que participam deste negócio podem ainda respirar com relativa tranqüilidade, segundo informe da Feller-Rate, que analisa o mercado mundial para este setor.

Tanto CMPC (Grupo Matte) como a Arauco (Grupo Angelini) tem custos mais baixos que as empresas instaladas em outros países. De acordo com Feller-Rate -associada a Standard & Poor's- o Chile tem vantagens naturais ligadas a condições climáticas para a produção, "as que permitem o rápido crescimento das florestas, assim como custos operacionais e de energia relativamente menores que beneficiam a toda a industria".

A isto soma-se o feito de que CMPC e Arauco são produtores integrados, que participam de toda a cadeia produtiva desde a plantação de florestas até a exportação da polpa. "Isto lhes permite assegurar o fornecimento e a qualidade da matéria-prima", agrega Feller Rate.

O presidente da Corporação Chilena da Madeira (Corma, que reúne as empresas do setor, Jose Rafael Campino, disse que é certo que as empresas chilenas tenham custos mais baixos e que, a rentabilidade de seu negócio não se vê ainda ameaçada. Porém, agrega, tem que ter os olhos abertos porque os preços seguem caindo e não se vê quando podem se recuperar.

A queda da cotização de este insumo é para preocupar-se. Desde maio do ano passado acumula uma queda de 36% em sua variedade de fibra longa, passando de US$ 906 por tonelada para US$ 584.

Cifras no vermelho

Não foi bom o quarto trimestre para as duas maiores empresas florestais do país: Arauco e CMPC. Ambas registraram perdas nesse período.

Arauco, empresa ligada ao grupo Angelini, registrou perdas de US$ 6 milhões nesse período, que a empresa atribuiu, precisamente, ao efeito da brusca queda no preço do insumo.

CMPC teve um resultado ainda pior, perdendo US$ 13 milhões. O mau quarto trimestre não impediu que ambas companhias tivessem lucro no balanço de janeiro-dezembro de 2008.

US$ 5.450 milhões foram os envios das empresas florestais em 2008.
US$ 584,5 foi o preço da tonelada de celulose na jornada de ontem. Isto significa uma queda de 36% com relação a maio passado.

Gustavo Orellana V

Fonte: El Mercurio/Remade

ITTO Sindimadeira_rs