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Notícias

26
fev
2009
(MÓVEIS)
Empresas se unem em torno do Design Sustentável

Muitos arquitetos, designers de interiores e de produtos gostariam de encontrar no Brasil um sistema de produção de móveis similar ao que existe na Itália, onde pequenas empresas unem forças para ganhar competitividade e lançar linhas que encantam o mundo. Em comum, elas têm a valorização do design e um elevado padrão de qualidade. O desenvolvimento de novos materiais também é importante pois a união entre a tecnologia e o desenho inovador tornam cada peça única e mais difícil de ser copiada.

Diferenciais como este começam a se tornar mais comuns no Brasil. Em 2004, com a criação do Arranjo Produtivo Local (APL) que passou a adotar a logomarca Movelaria Paulista, 57 empresas uniram forças e descobriram que através do associativismo podem se tornar mais competitivas e inovadoras. Em sua terceira etapa, o projeto APL Movelaria Paulista já apresenta um catálogo com peças desenhadas e produzidas em conjunto. “Uma movelaria cuida da madeira, outra do estofamento, outra da parte de metalurgia ou de mecanização de alguns móveis”, explica Fernanda Príncipe, sócia da Príncipe Marcenaria e coordenadora do eixo de design.

Através desta parceria, as empresas podem cumprir contratos grandes, que antes estavam fora do alcance, distribuindo tarefas entre os participantes do grupo e trabalhar em conjunto. Mas chegar até este estágio não foi fácil. Este trabalho envolveu uma mudança cultural. “Antes a gente via os outros empresários como concorrentes e tinha certo receio de conversar sobre fornecedores ou sistemas produtivos, por exemplo. Ninguém queria passar informações para outras empresas, mas hoje em dia isso não existe mais”, diz.

A mudança de mentalidade foi moldada em um curso comportamental do Sebrae, obrigatório para todos os participantes do APL: “Através deste programa passamos a ver os outros como parceiros, trocar experiências, saber o que deu certo ou errado com eles e, assim, não repetir erros”, acrescenta Fernanda.

Produtos Verdes

Projetado pelo arquiteto Walter Batista, o banco Restô foi produzido com sobras de MDF preto da Matic. O material, antes utilizado para fazer gabinete de brinquedo, foi reutilizado para dar origem a esta nova peça, que também pode ser usada como um criado-mudo ou mesa de apoio para jornais e revistas, entre outros usos. “O banco possui três partes independentes, que podem ser separadas. Basta uma chave de fenda para soltar as partes e usar a peça de outra maneira”, detalha Fernanda.

Fonte: Boletim Informativo APL Moveleria Paulista

ITTO Sindimadeira_rs