O economista-chefe da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, alertou que, caso não haja uma intervenção dos governos, os baixos preços do carbono podem impedir a substituição das fontes mais "sujas" de energia, como as usinas a carvão, por uma geração mais "limpa", porém mais cara.

De acordo com a Carbon Finance, Birol prevê que se a atual crise econômica persistir por mais um ano, os preços do carbono continuarão em baixa por mais dois anos, com conseqüências devastadoras com relação as emissões de gases do efeito estufa.

Na sexta-feira, as permissões de emissão da União Européia (EUAs - European Union Allowances) alcançaram a baixa recorde de € 8,75 a tonelada, uma queda de cerca de 40% desde novembro de 2008.

O diretor global de pesquisas do carbono do Deutsche Bank, Mark Lewis, propôs no início de fevereiro o estabelecimento de um preço-reserva para as permissões de emissão da União Européia (EUAs - European Union Allowances).

O objetivo seria evitar um colapso dos preços na terceira fase do esquema de comércio de emissões do bloco, que inicia em 2012. O banco alemão prevê que em 2009 as emissões dos setores industriais participantes do esquema de comércio de emissões da União Européia cairão 10% em relação ao nível de 2007.

Fonte: Carbono Brasil/Carbon Positive