Voltar

Notícias

25
jan
2009
(DESMATAMENTO)
Dados do Imazon apontam queda no ritmo de desmatamento da Amazônia

Em novembro, ONG detectou 94% menos devastação que um ano antes. Entre dezembro de 2008 e 2007, queda foi de 27%; nuvens podem ter influenciado.

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), ONG que faz um monitoramento independente do desmatamento na região, detectou, nos meses de novembro e dezembro, 61 km² e 50 km² de devastação respectivamente. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 94% em novembro e de 27% em dezembro.

A organização ressalva que os dados podem estar subestimados, pois nesses dois últimos meses houve grande cobertura de nuvens na região (68% em novembro e 73% em dezembro). Além disso, a parte do Maranhão que compõe a Amazônia Legal não foi analisada.

Ainda assim, segundo o pesquisador do Imazon Adalberto Veríssimo, o dados mostram que o ritmo da destruição da floresta está menor e entrou numa curva descendente desde junho.

Ele atribui parte da redução à crise financeira global. “Os números não são surpreendentes se analisarmos o processo econômico em curso. Na região de Carajás (PA), por exemplo, houve uma redução abrupta da produção de carvão usado na siderurgia. Verificamos isso ao falar com o setor de exportação de ferro-gusa”, diz o engenheiro agrônomo.

Segundo Veríssimo, o momento é apropriado para que se criem opções de trabalho para as pessoas envolvidas com a exploração irregular de madeira. “No momento não há recursos, nenhum pacote do governo para financiar alternativas econômicas. Falta uma proposta de desenvolvimento da Amazônia”, comenta.

Estados

Pela análise do Imazon, no mês de novembro, o desmatamento foi maior no Pará (60%), seguido de Rondônia (12%), Mato Grosso (10%), Acre (10%) e Amazonas (8%). Em dezembro, 65% do desmatamento foi em Mato Grosso. Em seguida vêm Pará, com 20%, Rondônia (10%) e Amazonas (5%).

Desde setembro, o monitoramento feito pelo Imazon também acompanha a degradação florestal (destruição parcial da mata) de áreas que foram submetidas a exploração madeireira ou que sofreram incêndios.

Em novembro, o Imazon registrou 56 km² de florestas degradadas na Amazônia Legal. Desse total, 90% ocorreu em Mato Grosso e 10% no Pará. No mês passado, foram detectados somente 13 km² de floresta degradada em Mato Grosso.

Fonte: Globo Amazônia

ITTO Sindimadeira_rs