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Notícias

24
jan
2009
(BIOENERGIA)
Empresa holandesa quer criar indústria em Belém

A serragem gerada pelo beneficiamento da madeira, que hoje é quase totalmente desperdiçada, poderá ser utilizada para a geração de energia em substituição ao carvão mineral. O Projeto foi apresentado à governadora Ana Júlia Carepa, pelo diretor da empresa World Wide Reciclyng (WWR), Jan Boomer. A WWR, em parceria com a Cikel Brasil Verde Madeira Ltda., pretende investir cerca de R$ 90 milhões em uma planta industrial com sede em Belém.

A WWR tem sede na Holanda e processa cerca de 1,4 milhões de toneladas de resíduos/ano, de compostagem, plástico, papel, madeira e material de construção, beneficiando-os na forma de pelets. A empresa detém tecnologia de ponta que reaproveita cerca de 90% dos resíduos que recebe. Depois de transformados em pelets são utilizados na geração de energia. A própria empresa possui uma planta de biogás, que utiliza esses materiais.

Aproveitamento de resíduos

Concretizado o negócio, esta será a primeira planta de pelets da Amazônia, que irá aproveitar um resíduo que hoje é um grande passivo ambiental das serrarias e madeireiras. A parceria com a Cikel prevê o aproveitamento da serragem das unidades da empresa em Ananindeua, Paragominas e Portel.

Para Boomer, além de tirar do meio-ambiente um resíduos que hoje poluem mananciais e o solo, o aproveitamento da serragem da madeira vai possibilitar a geração de energia limpa ao substituir o carvão.

Belém, cidade estratégica

Belém foi escolhida pela WWR pela localização estratégica, já que boa parte da produção será destinada à exportação, além da oferta de matéria-prima que a empresa necessita. O porto de Vila do Conde, em Barcarena, está mais próximo dos mercados da Europa e dos Estados Unidos, em relação aos portos do Sul/Sudeste.

Tanto os empresários holandeses quanto os dirigentes da Cikel fizeram visitas técnicas às secretarias de Meio Ambiente do município de Belém e do estado do Pará para discutir o processo de licenciamento ambiental do empreendimento.

Fonte: Portal Amazônia/Ascom/Secom

ITTO Sindimadeira_rs