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Goiânia tem tradição na produção de móveis. Mas a guerra de preços e os erros gerenciais prejudicavam o setor. Um projeto uniu várias fábricas e, juntas, elas voltaram a ser fortes, conforme mostrou o programa Pequenas Empresas Grandes Negócios exibido no último domingo pela TV Globo.
Há móveis para bebês e para a família inteira. São 23 fábricas reunidas em um projeto para desenvolver o setor moveleiro da capital de Goiás. As empresas criaram uma associação e procuraram o Sebrae/GO. Elas se uniram para crescer.
“Eles entenderam que não são concorrentes propriamente ditos. Eles podem se transformar em parceiros e trabalhar ações conjuntas para fortalecer o segmento”, explica o consultor do Sebrae/GO Joel Rodrigues Rocha.
Os donos das fábricas são ex-funcionários do setor que montaram o próprio negócio. Assim foi o começo de Armínio Almeida Barbosa, que formou uma sociedade com outros quatro colegas.
“Tínhamos pouca capacidade de gestão dentro da empresa. O processo produtivo estava ok, mas no processo administrativo, financeiro, tinha muitas coisas a aprender, a desejar na empresa”, lembra o empresário.
Armínio Barbosa foi um dos incentivadores do projeto. O grupo acabou com a concorrência irresponsável que deixava os preços mais baixos que os custos de produção.
Os funcionários foram capacitados para aproveitar melhor a matéria-prima. O Sebrae/GO deu treinamentos dentro das fábricas.
“Nós importamos consultores de outras regiões para trazer estes benefícios e formar um melhor profissional, mais qualificado para atender as demandas dessas indústrias”, disse Joel Rodrigues. O Sebrae contratou um designer para criar móveis exclusivos para cada empresa. É o caso de uma mesa de centro, da mesa lateral e do aparador.
O grupo tem uma nova estratégia para aumentar as vendas. É o encontro de negócios. O Sebrae traz compradores e representantes comerciais de várias regiões do Brasil para conhecer os móveis de Goiás. A meta é gerar R$ 15 milhões em novas vendas até 2010.
Na fábrica de Armínio Barbosa a produtividade aumentou 15% e o faturamento, 30%. Os operários fazem 600 móveis por mês. A fábrica fornece produtos para mais de 40 lojas de todo o País.
Outra fábrica, de José Lindomar Amâncio, também quer aumentar as vendas para outros estados. A empresa é especializada em quartos de bebês. Atualmente, 80% dos móveis são comprados por clientes de Goiânia. Ele busca novos mercados para aumentar a produção e o lucro. “Nós temos maquinário para produzir 40% a mais do que a gente produz hoje”, disse José Amâncio.
O Sebrae fez o empresário mudar a fábrica. Agora as sobras da madeira ficam em montinhos, nos cantos do prédio, para evitar acidentes. E José Amâncio construiu um almoxarifado para guardar ferramentas que ficavam perdidas na fábrica.
“Chegamos até a comprar ferramentas que já tínhamos. Depois descobria que tinha ferramenta, faltava mesmo era organização. Isso gerava um prejuízo imenso”, revelou.
O empresário também melhorou a gestão do negócio e aprendeu que para aumentar as vendas é necessário conhecer os detalhes dos produtos.
Uma das novidades da fábrica é um berço que já vem com trocador e cama auxiliar. Quando a criança crescer, o berço vira outra cama e o trocador pode ser usado como escrivaninha.
“Este móvel foi criado justamente para ambientes com pouco espaço, principalmente apartamentos com quartos pequenos”, explica.
O projeto do Sebrae/ GO foi aprovado pelo setor moveleiro de Goiânia. Mais 40 fábricas decidiram participar. A meta principal do grupo é aumentar a produtividade em 10% nos próximos dois anos.
Para ter mais informações sobre o apoio do Sebrae à indústria moveleira, procure um posto de atendimento mais perto de você ou visite o site da Instituição.
Fonte: Programa Pequenas Empresas & Grandes
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