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O setor de papel e celulose não cancelará investimento no Brasil, afirmou Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). "Os investimentos já focam 2015. Não obstante a crise, o Brasil não deixará de investir para ultrapassar a produção de celulose da China (19,070 milhões de toneladas) nos próximos anos", garantiu.
Segundo a presidente executiva, até 2011 os investimentos estão avaliados em US$ 11 bilhões. De 2012 até 2015, serão investidos mais US$ 10 bilhões. "Não há crise econômica no mundo que faça o eucalipto parar de crescer. As florestas brasileiras são imunes à crise", justifica. No final de 2012, a Bracelpa projeta que Brasil atinja 17 milhões de toneladas de celulose em capacidade instalada.
Entretanto, a associação avalia que, nesse momento, para o setor, uma importante medida emergencial do governo seria o aumento da oferta de linhas de crédito de uso especifico para financiar pré-embarque de celulose e para postergar por menos tempo os projetos para 2009. Outro ponto relevante, que envolve também os governos estaduais, seria a liberação do crédito de ICMS relativo às exportações e a criação de um regime especial que interrompa a geração desses créditos para exportações futuras.
Até que o cenário esteja mais definido e pela falta de linhas de crédito e de financiamento, as empresas revisaram seus investimentos. Projetos em fase final de execução serão concluídos em 2009, enquanto alguns investimentos foram postergados.
De acordo com Horacio Lafer Piva, presidente do conselho deliberativo da Bracelpa, no quarto trimestre as empresas apresentarão um pouco mais de prejuízo, "mas não é algo para se preocupar". Por outro lado, ele ressalta que o aumento do câmbio para o setor como de papel e celulose é positivo, porque é um setor exportador.
Quanto aos planos de corte no quadro funcional das companhias, Piva acredita que cada empresa tem seu programa. "O setor não pretende demitir significantemente", assegurou. O setor gera 110 mil empregos diretos e 450 mil empregos indiretos.
No entanto, as expectativas do setor para 2009 serão anunciadas somente no final do primeiro trimestre, quando será possível avaliar com mais profundidade os reflexos da crise financeira internacional no mercado, uma vez que o setor é altamente exportador.
Fonte: InvestNews
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