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As empresas florestais já acusaram o golpe. A baixa no preço da celulose e da madeira, devido a menor demanda dos países desenvolvidos, produto da crise financeira internacional, tem causado algumas dificuldades a estas empresas.
Os números do setor demonstram que cerca de 40 fábricas tem deixado de operar no país em um ano. Por exemplo, o Grupo Arauco fechou duas fábricas no final de 2007, e outras duas este ano.
São 1.400 empregos perdidos pelo fechamento das serrarias na Região del Bio Bio desde novembro do ano passado. Este mês outros 1.500 trabalhadores iniciaram férias coletivas. A medida se adapta a CMPC, Arauco e Masisa devido à crise que afeta a indústria de madeiras serradas e de remanufatura, o alto estoque fez com que estas empresas tomassem medidas urgentes nos últimos dias.
Na CMPC serão 18 dias de férias para 450 empregados da área de serrados, segundo dados de dirigentes sindicais. Apesar do mau momento, as grandes empresas florestais tem se defendido historicamente, frente à escassez de mercados e tem estabelecido como recurso a redução de pessoal.
“Nós temos tomado no caso de madeiras serradas e de manufatura medidas de ajustes na capacidade de produção, o que nos obriga a dar férias, reduzir turnos de produção e em alguns casos encerrar operações de serrarias”, disse o gerente comercial e de assuntos corporativos da Arauco, Charles Kimber.
Outro setor afetado é o de transporte, atividade que se encontra ressentida pela diminuição nas exportações.
Segundo Sergio Gomez, presidente do sindicato dos transportes “Tem baixado notavelmente os despachos de madeira pelo porto, sobretudo a madeira estrutural para os Estado Unidos e Japão, vários países tem diminuído seus espaços e o transporte tem sido um dos mais afetados. O setor da construção também contraiu no Chile devido ao alto estoque”.
As exportações de celulose:
Enquanto os manufaturados e os produtos serrados passam por uma notável baixa, a exportação de celulose não tem sido tão fortemente. Sua produção e a de papel cresceram em 7,1% no primeiro semestre, e mais, a CMPC mantém seu projeto de modernizar a fábrica Laja, que requer um investimento de US$ 400 milhões. Outra das estratégias assumidas é a relocalização de exportações. Só basta mencionar, que de acordo a fontes do setor, os envios a EE.UU. diminuíram 13,4%, porém aumentaram as exportações para Ásia e Europa.
Lamentavelmente, segundo o Instituto Forestal del Ministerio de Agricultura (Infor), para o ano 2009, as perspectivas não são muito alentadoras, devido a possibilidade bastante concreta de que a maioria dos países do mundo desenvolvido entrem em um período de recessão econômica, o que indubitavelmente limitaria as possibilidades de expansão do comércio internacional.
O Infor prevê que durante o ano de 2009 as exportações florestais chilenas poderá chegar a US$ 4.600 milhões, o que representaria uma queda de 15% em relação a 2008. Entretanto as grandes empresas seguirão com o cinto apertado e manobrando com cuidado especial em tempos de crise.
Fonte: La Discusion
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