Notícias
Agência terá R$ 450 milhões para ações em 90 países, tanto da área de exportações quanto de investimentos.
Em 2008, empresas que integram os projetos da Agência aumentaram as vendas externas em 18,74%, enquanto o crescimento nacional foi de 8,62%
O presidente da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Alessandro Teixeira, anunciou, em reunião com representantes de 63 entidades setoriais em São Paulo, os resultados de 2008 e as estratégias de trabalho para 2009. Para realizar ações em 90 países ao longo do próximo ano, a Apex-Brasil aumentará seu orçamento em R$ 100 milhões, aportando R$ 450 milhões.
Diante de um cenário de crise, Teixeira ressaltou que é preciso estar atentos às oportunidades. "No pior cenário, o Brasil terá um crescimento de 3% das suas exportações em 2009", anunciou. Em 2008, o balanço da Agência foi bastante positivo: enquanto as exportações brasileiras cresceram 8,62% entre janeiro e outubro, as empresas que integram os projetos que a Agência executa em parceria com entidades setoriais tiveram um aumento de 18,74% no mesmo período.
O total exportado pelas 5.435 empresas participantes dos projetos da Apex-Brasil - 61% de micro e pequeno porte - soma US$ 23,8 bilhões nos últimos 12 meses (outubro de 2007 a outubro de 2008). Durante 2008, a Agência atuou em 724 eventos em todo o mundo, como feiras, missões comerciais, prospecção de mercado, congressos, degustação de produtos, entre outros.
"A atuação da Agência tem um impacto crescente. Hoje nossos projetos representam 12% do total exportado pelo país. É um número significativo e que pretendemos ampliar", declarou o presidente da Agência. Além da apresentação de resultados, a reunião serviu para discutir o cenário do comércio exterior em 2009 e as estratégias de atuação da Apex-Brasil e seus parceiros para o próximo ano.
"Sabemos que 2009 será um ano de crise e de queda de consumo. Por isso mesmo é um ano propício para diversificarmos as nossas ações de promoção comercial e investirmos em capacitação de empresas para que, em 2010, mais empresas estejam prontas para exportar", explicou Teixeira. Ele destacou duas ações da Agência para 2009 neste sentido: um trabalho forte para promover exportações de pequenas empresas via tradings, ou comerciais exportadoras, e o Programa de Extensão Industrial Exportadora (PEIEX), que deverá atender a 10 mil empresas, em 50 núcleos por todo o país, capacitando-as para atender o mercado externo e fornecendo a elas informações específicas de mercados. Teixeira também anunciou que o número de missões comerciais em 2009 será duplicado, graças a um trabalho que será desenvolvido em conjunto com a CNI (Confederação Nacional da Indústria). Em 2008, a Agência organizou 61 missões e participou de outras 20, organizadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior ou pela Presidência da República.
Cenários para 2009
"Em todos os cenários que avaliamos para o próximo ano - do mais conservador ao mais otimista - vemos que o comércio mundial não irá decrescer, a despeito da crise. As economias em desenvolvimento vão possibilitar um incremento do comércio mundial que poderá ir de 1,8% a 3,5%. As exportações do Brasil devem crescer pelo menos 3% e, nosso objetivo é que nos projetos da Agência o aumento de vendas seja pelo menos o dobro disso. Vamos aproveitar o momento de crise para conquistar espaços", afirmou.
Teixeira apresentou durante o Encontro a estratégia da Agência para 23 mercados prioritários. O trabalho definiu, para cada um dos 63 setores apoiados e para cada um dos países, se a estratégia a ser trabalhada deve ser de abertura do mercado, de consolidação do espaço já conquistado ou de melhor posicionamento do produto brasileiro.
A pesquisa aponta ainda os produtos que o Brasil não vende ou vende muito pouco para os países citados e que se configuram como boas oportunidades de negócios, considerando a posição brasileira em relação à exportação mundial e a evolução das importações desses mercados.
Ações para 2009
No próximo ano, a Agência e seus parceiros irão realizar 745 ações, sendo 145 de iniciativa da Apex-Brasil nos 23 mercados prioritários e 600 em parceria com as entidades, em 90 países.
Na área de atração de investimentos, serão realizadas 29 ações em 13 países, com foco em Europa, Rússia, Estados Unidos e Canadá. A área terá R$ 50 milhões para as iniciativas junto a investidores mundiais, como a organização do World Economic Fórum no Brasil, em abril, e a recepção a 45 visitas de delegações estrangeiras. Além disso, a Agência fará 226 ações de inteligência comercial, como estudos setoriais, estudos de mercado e estudos de oportunidade.
Fonte: Global 21
Notícias em destaque





