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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Unicamp desenvolve pesquisas sobre descarte dos resíduos da indústria de papel e celulose
A indústria de papel e celulose representa um dos mais expressivos setores industriais do mundo. A produção nacional de celulose de eucalipto (Eucalyptus globulus) responde pela metade da produção mundial desse tipo de fibra. A indústria de papel e celulose é importante para a economia da América do Sul devido à grande disponibilidade de recursos florestais.
O Brasil e o Chile são os maiores produtores de celulose da região. No Brasil se utiliza a madeira de Eucalyptus grandis, com uma produção ao redor de 6 milhões de toneladas de polpa por ano, dos quais 98% são branqueadas. E está no branqueamento o principal problema de poluição do setor, com sérios danos para a natureza. Diversas pesquisas desenvolvidas no Instituto de Química da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas, e já patenteadas, se preocupam com uma solução para o descarte dos resíduos do papel nos rios. São lideradas pelo químico Nelson Durán, do Departamento de Físico-Química, e estão sendo apresentadas ao setor produtivo pela Agência de Inovação da Unicamp (Inova).
O ponto crítico da produção de papel acontece quando as polpas são branqueadas por compostos clorados. Os efluentes gerados pelo setor papeleiro no Brasil estão entre 30 e 100 metros cúbicos por tonelada de polpa. Uma das pesquisas coordenadas por Durán envolve microrganismos como produtores de enzimas utilizadas na descontaminação dos efluentes. É uma dentre 14 pesquisas prontas da área de papel e celulose, geradas no IQ, na Faculdade de Engenharia Agrícola e na Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp.
Durán, professor da Unicamp desde 1978, acredita que seu trabalho seja útil para as pequenas empresas do setor de papel, que normalmente produzem ao redor de 250 mil toneladas de polpa/ano. Ainda conforme o pesquisador do IQ, o Brasil tem mais de 90 empresas papeleiras. As grandes, como a Aracruz, Suzano, Champion e Rio Cell, em boa parte já melhoraram os processos de polpação e de branqueamento das polpas com as metodologias de descontaminação nos últimos 10 anos, ainda conforme Durán. Detentor de mais de 30 patentes, na maioria relacionadas com a indÚstria de papel e celulose, ele orienta no momento duas dissertações de mestrado e quatro teses de doutorado na linha de melhoria dos efluentes da indústria de papel e sua interação com o meio ambiente.
Repasse - A Inova selecionou o trabalho de Durán e outros da área de papel e celulose para serem negociados com empresas interessadas em licenciar os inventos. O trabalho faz parte de uma série de ações que começaram a ser desenvolvidas com o objetivo de incrementar o licenciamento de patentes registradas pela Universidade. De acordo com a diretora de propriedade intelectual da Inova, Rosana Ceron Di Giorgio, a meta inicial é consolidar dez licenciamentos novos por ano, o que é uma média significativa para os padrões das universidades brasileiras. Hoje a Unicamp conta com cerca de 300 patentes, das quais a Inova está trabalhando 70, divididas por setor de mercado.
A Inova também trabalha na formulação de uma política da Unicamp para propriedade intelectual. Segundo Rosana, a primeira versão dessa política deverá ser apresentada em fevereiro. "A política consiste basicamente num conjunto de regras e princípios que irão determinar o tratamento a ser dado na questão da propriedade intelectual dentro da universidade", explica. "Vamos estabelecer regras em relação à proteção, ao licenciamento, ao relacionamento com agências de fomento, além de garantir o mesmo tratamento a todos os casos", completa. Leia a matéria no Portal da Unicamp: http://www.unicamp.br/unicamp/divulgacao/BDNP/NP_391/NP_391.html .
Fonte: Ambiente Brasil – 29/01/2004
O Brasil e o Chile são os maiores produtores de celulose da região. No Brasil se utiliza a madeira de Eucalyptus grandis, com uma produção ao redor de 6 milhões de toneladas de polpa por ano, dos quais 98% são branqueadas. E está no branqueamento o principal problema de poluição do setor, com sérios danos para a natureza. Diversas pesquisas desenvolvidas no Instituto de Química da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas, e já patenteadas, se preocupam com uma solução para o descarte dos resíduos do papel nos rios. São lideradas pelo químico Nelson Durán, do Departamento de Físico-Química, e estão sendo apresentadas ao setor produtivo pela Agência de Inovação da Unicamp (Inova).
O ponto crítico da produção de papel acontece quando as polpas são branqueadas por compostos clorados. Os efluentes gerados pelo setor papeleiro no Brasil estão entre 30 e 100 metros cúbicos por tonelada de polpa. Uma das pesquisas coordenadas por Durán envolve microrganismos como produtores de enzimas utilizadas na descontaminação dos efluentes. É uma dentre 14 pesquisas prontas da área de papel e celulose, geradas no IQ, na Faculdade de Engenharia Agrícola e na Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp.
Durán, professor da Unicamp desde 1978, acredita que seu trabalho seja útil para as pequenas empresas do setor de papel, que normalmente produzem ao redor de 250 mil toneladas de polpa/ano. Ainda conforme o pesquisador do IQ, o Brasil tem mais de 90 empresas papeleiras. As grandes, como a Aracruz, Suzano, Champion e Rio Cell, em boa parte já melhoraram os processos de polpação e de branqueamento das polpas com as metodologias de descontaminação nos últimos 10 anos, ainda conforme Durán. Detentor de mais de 30 patentes, na maioria relacionadas com a indÚstria de papel e celulose, ele orienta no momento duas dissertações de mestrado e quatro teses de doutorado na linha de melhoria dos efluentes da indústria de papel e sua interação com o meio ambiente.
Repasse - A Inova selecionou o trabalho de Durán e outros da área de papel e celulose para serem negociados com empresas interessadas em licenciar os inventos. O trabalho faz parte de uma série de ações que começaram a ser desenvolvidas com o objetivo de incrementar o licenciamento de patentes registradas pela Universidade. De acordo com a diretora de propriedade intelectual da Inova, Rosana Ceron Di Giorgio, a meta inicial é consolidar dez licenciamentos novos por ano, o que é uma média significativa para os padrões das universidades brasileiras. Hoje a Unicamp conta com cerca de 300 patentes, das quais a Inova está trabalhando 70, divididas por setor de mercado.
A Inova também trabalha na formulação de uma política da Unicamp para propriedade intelectual. Segundo Rosana, a primeira versão dessa política deverá ser apresentada em fevereiro. "A política consiste basicamente num conjunto de regras e princípios que irão determinar o tratamento a ser dado na questão da propriedade intelectual dentro da universidade", explica. "Vamos estabelecer regras em relação à proteção, ao licenciamento, ao relacionamento com agências de fomento, além de garantir o mesmo tratamento a todos os casos", completa. Leia a matéria no Portal da Unicamp: http://www.unicamp.br/unicamp/divulgacao/BDNP/NP_391/NP_391.html .
Fonte: Ambiente Brasil – 29/01/2004
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