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Fabricantes de móveis dos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo os próximos a São Bernardo, no ABC paulista, descobriram que atuar em conjunto dá mais resultado que isoladamente. Na sede do Serviço Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), representantes do setor renovaram convênio para dar continuidade ao sistema de arranjo produtivo local (APL), iniciado no setor há quatro anos.
Pelos termos do acordo, 57 empresas vão investir R$ 1.401.284 em capacitação, ações de mercado, inovação e tecnologia em uma nova etapa de associativismo, por meio do sistema de APL. De acordo com o Sebrae, parte do dinheiro (48,61%) será repassada ao setor por essa entidade e o restante, 51,19%, dividido entre os Sindicatos da Indústria de Mobiliário de São Paulo e a Indústria de Móveis de São Bernardo do Campo e Região. Segundo o Sebrae, até 2010, o sistema deverá reunir 70 empresas.
As empresas associadas quebraram a barreira que havia entre elas, mudando a visão que tinham umas das outras, de concorrentes para parceiros, porque começaram a perceber que, juntas, obtinham resultados positivos, destacou a gerente regional do Sebrae do ABC paulista, Josephina Irene Cardelli. Ela disse que, com o associativismo, esses empreendedores a maioria de pequeno porte conseguem melhores condições de preços junto a fornecedores e interagem melhor, seja pela troca de mão-de-obra ou pelo aproveitando da matéria-prima que o outro descarta.
O APL é caracterizado pela união em forma de cooperativismo de empresas que ocupam o mesmo espaço geográfico e atuam no mesmo segmento produtivo. De acordo com a assessoria do sistema APL da indústria moveleira paulista, o setor tem tido oportunidade de conhecer novas tecnologias com a troca de experiências com o Centro Tecnológico do Mobiliário Italiano (Cosmob).
Empresários brasileiros foram Itália em novembro para ver como funciona o Cosmob, referência mundial no segmento, podendo contribuir, principalmente, para a melhoria do design dos moveleiros paulistas, afirmou Joaquim Batista Xavier, gerente da Unidade de Desenvolvimento Territorial do Sebrae-SP. Segundo ele o Sebrae estuda a viabilidade de um acordo com os italianos para troca de experiências.
Dois anos depois de iniciado o sistema APL, em 2006, as 72 empresas participantes tiveram faturamento de R$ 165 milhões, valor que aumentou 24,30% em comparação com o obtido no ano anterior. O setor gera cerca de 15 mil empregos.
Fonte: Agência Estado
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