Notícias
A crise mundial já afeta o mercado de terras no Rio Grande do Sul. Apesar de o preço médio dos imóveis rurais ainda não ter recuado, o forte movimento de alta que vinha sendo observado desde 2006 já começa a desacelerar. Segundo pesquisa divulgada pela consultoria AgraFNP, em novembro os preços médios das terras no Rio Grande do Sul estavam 14% superiores em relação ao ano anterior. No entanto, o crescimento acumulado dos últimos 36 meses está em 27%.
A região de Pelotas, no Rio Grande do Sul, foi a que mais sentiu os efeitos da crise. A procura de terras para reflorestamento, um mercado que estava muito ativo devido aos investimentos da empresas fabricantes de celulose, como a VCP e a Aracruz, sofreu um forte impacto com a diminuição dos negócios e finalmente a postergação dos investimentos destas companhias. Nos últimos 12 meses, segundo a AgraFNP, as propriedades da região sofreram uma desvalorização de 3,5%, especialmente as que possuem pastagens nativas.
Segundo Fabrício Tavares, corretor da imobiliária Casarão, de Pelotas, que realiza negócios em toda a Metade Sul, a tendência na região é de manter os preços praticados, os quais variam de R$ 2,5 mil a R$ 7 mil por hectare. "Com a diminuição da procura da empresas de celulose há uma maior oferta, mas os valores não devem ser muito alterados, por que nossas terras já são baratas", explica.
No entanto, o corretor ainda tem esperança de que mais negócios sejam realizados em breve. "Nos últimos dias tivemos alguns particulares procurando áreas grandes para florestamento, mas até agora isso não teve reflexo nos preços regionais", informa.
Fonte: Jornal do Comércio/Celulose Online
Notícias em destaque





