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Empresas de capital de risco dos Estados Unidos dizem que vêem um ponto de luz no obscuro cenário econômico internacional: o mercado de carbono, que tem potencial para movimentar trilhões de dólares e é incentivado por novas regulações e pela crescente consciência sobre as mudanças climáticas.
As áreas de crescimento estão menos voltadas para negócios ‘verdes’ tradicionais como painéis solares e fazendas eólicas e mais para novas infra-estruturas, como uma rede ‘inteligente’ que transportaria energia alternativa do local gerado até os consumidores, salientou Martin Whittaker, da Mission Point Capital Partners.
Apesar da crise econômica geral, Whittaker comenta que há capital disponível para projetos com baixas emissões de carbono. “Ainda há muito otimismo e crescimento dentro e em torno do mercado de carbono em todos os níveis: comércio, projetos e empresas”.
Ele falou que o fundo da sua empresa está esperando retorno sobre investimentos ao longo de um período de três a cinco anos se os Estados Unidos estabelecerem um preço para o carbono, o que ocorreria com o lançamento de um plano “cap and trade” (limite e comércio de emissões).
“Acredito que todos estão bem positivos quanto à isto”, disse Arrun Kapoor, do SJF Funds, um fundo de capital de risco que possui metade dos investimentos em projetos ‘verdes’. Kappor afirma que o crescimento das preocupações sobre mudanças climáticas segurança energética e volatilidade do preço do petróleo aumenta a demanda por estes produtos.
Kapoor também expressou maior interesse em infra-estruturas ao invés de investimentos específicos como em energia solar ou biocombustíveis, setores que, segundo ele, não entusiasmam mais alguns investidores de risco devido a avaliações elevadas do valor potencial de novas empresas.
Ele vê uma nova rede ‘inteligente’ como um investimento atrativo, pois a atual distribuição de eletricidade possui 30 a 40 anos. Estas redes inteligentes possibilitam que os clientes vejam instantaneamente o preço da energia que estão comprando, o que deve cortar a demanda da energia de usinas tradicionais movidas a combustíveis fósseis e durante os picos de consumo.
Fonte: Reuters
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