A Associação Internacional de Comércio de Emissões (IETA) anunciou hoje que durante o primeiro semestre de 2008 o mercado global de carbono atingiu € 38 bilhões (US$ 48,26 bilhões), um aumento de 41% em relação ao mesmo período em 2007.

O volume total de 1,84 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) foi negociado durante este período, um aumento de 56% em relação ao mesmo período de 2007, de acordo com o relatório da IETA, chamado Mercado de Gases do Efeito Estufa 2008.

“Este dados de volume e valor indicam uma média no preço do carbono de € 20,61 a tonelada de CO2 equivalente”, concluiu a Point Carbon.

O esquema de comércio de emissões da União Européia engloba 70% do volume negociado em 2008, em comparação com 61% em 2007. Os outros volumes significativos são negociados em esquemas regionais como o Esquema de Abatimento de Gases do Efeito Estufa de New South Wales, do sudeste da Austrália, e o esquema da província canadense de Alberta.

Novos mercados devem entrar em cena nos próximos anos como o esquema federal da Austrália a partir de 2010, do Japão, da Nova Zelândia e dos Estados Unidos.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, estabeleceu como meta reduzir as emissões de CO2 aos níveis de 1990 até 2020 e em 80% em 2050, através de um sistema de comércio de emissões do tipo ‘cap and trade’ (limite e comércio de emissões) e de um programa de dez anos equivalente a US$150 bilhões para energias renováveis.

O Banco Mundial prevê que o mercado cresça para cerca de US$ 150 bilhões em 2010, partindo dos US$ 10 bilhões de 2005. Segundo outra pesquisa, realizada pela New Carbon Finance, o mercado deve alcançar US$ 1 trilhão em 2020.

Fonte: Envolverde/Carbono Brasil/Agence France Presse