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Notícias

04
dez
2008
(SETOR FLORESTAL)
Caixa engorda com venda de florestas

Uma das opções de capitalização que está se tornando mais comum na indústria da madeira é a venda de florestas para fundos de investimentos. Em julho deste ano, o Grupo Zugman vendeu 15 mil hectares de florestas de pinus para um fundo de pensão de professores de Ontário, no Canadá. Esse tipo de negócio começou em 2000, mas deve se acelerar com as dificuldades que as madeireiras têm encontrado em seu mercado.

“Para a indústria, vender as florestas é uma forma de conseguir recursos para investir em seu principal negócio. É uma estratégia muito adotada nos Estados Unidos, onde a lei estimula os fundos de pensão a fazer esse tipo de investimento”, explica o economista Ederson de Almeida, coordenador da área de negócios da consultoria Silviconsult.

Os fundos, por sua vez, são atraídos por uma combinação de segurança e retorno estável. Uma floresta tem uma taxa de retorno acima de 10% ao ano e tem a vantagem de poder ser preservada em momentos de preços ruins. Geralmente, os fundos fazem a aplicação através de uma empresa especializada (TIMO, na sigla em inglês) que procura oportunidades de negócio e faz a manutenção do plantio.

“O Brasil é um ótimo destino para esse tipo de investimento. O eucalipto aqui demora sete anos para crescer e, o pinus, 18 anos. Nos países escandinavos, as florestas levam 50 anos para chegar à maturidade”, destaca Almeida. Assim, a produtividade por hectare plantado com pinus ou eucalipto no Brasil é maior do que em alguns dos principais concorrentes, incluindo Chile, Estados Unidos e Nova Zelândia.

Fonte: Gazeta do Povo

ITTO Sindimadeira_rs