O transporte de madeira em Mato Grosso está impedido devido à greve do Instituto de Defesa Agropecuária (INDEA) que foi retomada na manhã desta segunda-feira, 01, por não haver acordo nas negociações sobre reajuste salarial. O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado (SINTAP) quer a implantação de um novo Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS).

A situação reforça o pedido do setor madeireiro ao governo do Estado para que a classificação da madeira seja feita apenas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e que se seja extinta a classificação feita pelo INDEA. “Hoje o setor tem que se adequar aos dois órgãos, e cada um tem uma forma de identificar as essências, o que causa muitos transtornos, pois entre eles há divergências na classificação e ficamos presos a este sistema”, explica o presidente do SINDUSMAD, José Eduardo Pinto.

Com a greve os certificados de classificação não são emitidos e a madeira não pode ser transportada gerando, constrangimentos para as empresas junto aos clientes, pois estão impedidas de cumprir os prazos de entrega estabelecidos em contrato, além de outros prejuízos para os empresários.

A assessoria de imprensa do INDEA informou que a greve é por tempo indeterminado. Com a suspensão da greve os servidores tinham o objetivo de entrar em acordo com o governo na última sexta-feira, porém a proposta, de um pouco mais de 4% de reajuste salarial, foi considerada insatisfatória pelo SINTAP.

“Entendemos que é justa a reivindicação dos servidores, mas os nossos direitos também precisam ser respeitados. Esperamos que o governo resolva de imediato este problema. Não é possível que todo o setor produtivo fique refém dessa situação. Diante de tudo que vivenciamos este ano e com esta crise mundial instalada o setor não pode ser impedido de trabalhar”, afirma José Eduardo Pinto, presidente do SINDUSMAD.

Fonte: Assessoria