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O governo brasileiro faz consultas com o setor privado para definir de quais acordos setoriais poderia participar para eliminar rapidamente as tarifas de importação de certas áreas industriais, e permitir um acordo na Rodada Doha até o fim do ano.
Ao mesmo tempo, persiste a divergência no Mercosul sobre concessões na área industrial. O Uruguai já chegou a propor liberalização acelerada no setor de produtos pesqueiros. Mas alguns negociadores dizem que a Argentina não quer nem tocar no tema e estaria em boa sintonia com a Índia. Uma reunião do Mercosul será realizada amanhã no Brasil. Nela, técnicos voltarão a discutir a negociação industrial na Organização Mundial do Comércio (OMC).
A indústria dos EUA, União Européia e Canadá pressiona para Brasil, China, Índia e outros emergentes participarem de acordos setoriais, para, segundo eles, compensarem o corte tarifário menor no setor industrial.
"Estudamos as possibilidades do que é possível fazer", disse ontem o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo. No passado, setores como mármores e jóias já indicaram que poderiam aceitar a liberalização acelerada. Mas o governo está "explorando" o que dá para fazer em setores em que vêm sendo cobrados pelos parceiros.
A lista inclui os setores automotivo e de autopeças, bicicletas, químicos, equipamentos elétricos e eletrônicos, produtos de pesca, produtos florestais, maquinários industriais, artigos para cuidados de saúde, matérias-primas, equipamentos de esporte, brinquedos, têxteis e calçados. Os EUA teriam admitido a retirada de sub-setores da liberalização acelerada. Por exemplo, na parte química, vários produtos ficariam de fora.
Uma das idéias na OMC é de que se um país em desenvolvimento participa de acordo setorial, pode ser compensado cortando menos as tarifas no resto da área industrial. Também terá prazo maior para a eliminação das tarifas no setor negociado.
Fonte: Valor Econômico
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