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Entre as alternativas apontadas por alguns dos palestrantes do IV Congresso Internacional de Produtos de Madeira Sólida de Florestas Plantadas, que terminou em Curitiba (PR), para ampliar mercado e aumentar as vendas duas têm sido recorrentes: a certificação de produtos e a agregação de valor.
Para o empresário do setor de portas e gerente técnico do Programa Setorial da Qualidade de Portas Internas (PSQ-PIM), José Roberto Pimentel Lopes, investirem em produtos de maior valor agregado deve ser o foco das indústrias. Esse segmento responde por cerca de 42% do total das exportações de produtos de madeira sólida do Brasil e, de acordo com Lopes, é possível ampliar essas vendas. “Pelo menos até 2010 teremos um crescimento de consumo de pisos e portas, por exemplo, no mercado interno”, avalia.
Para o engenheiro florestal e gerente de operações da STCP Engenharia de Projetos, Marco Tuoto, investirem em produtos diferenciados é importante. “É precioso evitar as commodities”, afirma o engenheiro. Ele também defende que a melhor eficiência da indústria, os aumentos do nível de produtividade e o ganho de escala como partes da solução para que o setor de madeira sólida cresça. “Além disso, é preciso reduzir o custo Brasil, diversificar mercados, negociar barreiras tarifárias, promover o produto nacional e planejamento em longo prazo”, sugere.
Certificação
O setor de portas, por meio da Associação Brasileira da Indústria de Madeiras Processada Mecanicamente (Abimci), se organizou e conseguiu alterar as normas da ABNT vigentes para o produto aos atuais padrões de exigência do mercado. Foram oito anos de trabalho e a previsão é de que até 2009 a nova norma seja aprovada. O objetivo final do grupo, que representa 55% da produção nacional de portas, é que o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) exija um selo de qualidade de todos os produtores de portas de madeira.
A importância da certificação, segundo o empresário, está no fato de gerar competitividade internacional aos produtos brasileiros, abrir novos mercados, estimular a melhoria contínua, proteger o próprio mercado interno com padrões claros e agregar valor à marca. “Para conseguirmos essas melhorias, é importante o associativismo, para que seja possível atualizar normas e termos mais força junto ao poder público”, lembrou.
Com a certificação, Lopes acredita que surgirão impactos positivos no mercado como: equilíbrio da concorrência, pré-qualificação dos produtos, garantia de desempenho dos produtos, proteção ao consumidor e novas referências de qualidade. “A perspectiva para os próximos anos é de que com a certificação, haja crescimento das exportações e da venda no mercado interno, os produtos se tornem mais competitivos, os produtos de maior valor agregado aumentem a participação nas vendas e os preços melhorem”, completos.
O Congresso, que aconteceu na Estação Embratel Convention Center, apresentou os temas certificação florestal, alternativas de mercado, sistemas logísticos integrados e oportunidade para MDL. O evento terminou com a divulgação da Carta de Curitiba, na qual são apresentadas propostas e reivindicações resultantes das discussões dos três dias de evento.
Fonte: Celulose Online
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