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24
nov
2008
(MADEIRA E PRODUTOS)
Indústria Madeireira visa produtos de maior valor

Entre as alternativas apontadas por alguns dos palestrantes do IV Congresso Internacional de Produtos de Madeira Sólida de Florestas Plantadas, que terminou em Curitiba (PR), para ampliar mercado e aumentar as vendas duas têm sido recorrentes: a certificação de produtos e a agregação de valor.

Para o empresário do setor de portas e gerente técnico do Programa Setorial da Qualidade de Portas Internas (PSQ-PIM), José Roberto Pimentel Lopes, investirem em produtos de maior valor agregado deve ser o foco das indústrias. Esse segmento responde por cerca de 42% do total das exportações de produtos de madeira sólida do Brasil e, de acordo com Lopes, é possível ampliar essas vendas. “Pelo menos até 2010 teremos um crescimento de consumo de pisos e portas, por exemplo, no mercado interno”, avalia.

Para o engenheiro florestal e gerente de operações da STCP Engenharia de Projetos, Marco Tuoto, investirem em produtos diferenciados é importante. “É precioso evitar as commodities”, afirma o engenheiro. Ele também defende que a melhor eficiência da indústria, os aumentos do nível de produtividade e o ganho de escala como partes da solução para que o setor de madeira sólida cresça. “Além disso, é preciso reduzir o custo Brasil, diversificar mercados, negociar barreiras tarifárias, promover o produto nacional e planejamento em longo prazo”, sugere.

Certificação

O setor de portas, por meio da Associação Brasileira da Indústria de Madeiras Processada Mecanicamente (Abimci), se organizou e conseguiu alterar as normas da ABNT vigentes para o produto aos atuais padrões de exigência do mercado. Foram oito anos de trabalho e a previsão é de que até 2009 a nova norma seja aprovada. O objetivo final do grupo, que representa 55% da produção nacional de portas, é que o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) exija um selo de qualidade de todos os produtores de portas de madeira.

A importância da certificação, segundo o empresário, está no fato de gerar competitividade internacional aos produtos brasileiros, abrir novos mercados, estimular a melhoria contínua, proteger o próprio mercado interno com padrões claros e agregar valor à marca. “Para conseguirmos essas melhorias, é importante o associativismo, para que seja possível atualizar normas e termos mais força junto ao poder público”, lembrou.

Com a certificação, Lopes acredita que surgirão impactos positivos no mercado como: equilíbrio da concorrência, pré-qualificação dos produtos, garantia de desempenho dos produtos, proteção ao consumidor e novas referências de qualidade. “A perspectiva para os próximos anos é de que com a certificação, haja crescimento das exportações e da venda no mercado interno, os produtos se tornem mais competitivos, os produtos de maior valor agregado aumentem a participação nas vendas e os preços melhorem”, completos.

O Congresso, que aconteceu na Estação Embratel Convention Center, apresentou os temas certificação florestal, alternativas de mercado, sistemas logísticos integrados e oportunidade para MDL. O evento terminou com a divulgação da Carta de Curitiba, na qual são apresentadas propostas e reivindicações resultantes das discussões dos três dias de evento.

Fonte: Celulose Online

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