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Após um longo período de estagnação, as empresas de marcenaria estão festejando o aumento da demanda por projetos. A elevação da renda da classe média alavancou o mercado da construção civil. Apesar da crise financeira global, há muitas unidades sendo entregue, por isso o setor ainda desfruta dos reflexos do boom imobiliário.
E, partindo do princípio de que quem compra uma residência compram móveis, entende-se o porquê do bom momento para o setor. Outro fato relevante é o tamanho reduzido das atuais edificações, isto obriga as pessoas a fazer projetos de mobília sob medida.
Jéferson Feltrin Spessoto, 30 anos, respira marcenaria nos 130 m² de sua empresa. Ele e seus três funcionários atendem, em média, de três a quatro encomendas por mês. A classe média alta, moradora de condomínios de luxo são os clientes de Spessoto. "Eles estão comprando apartamentos novos e me pedem para fazer o projeto para o imóvel todo", conta, satisfeito, o empresário. Mas, se o momento é oportuno, é preciso estar preparado para aproveitá-lo, e isto nem sempre acontece entre os empresários do setor. A maioria das empresas da área é de pequeno porte, e seus proprietários têm dificuldade para aplicar novas técnicas de uso da madeira, além de gerir seus negócios.
A Leo Madeiras, maior revenda de madeira legal e certificada do Brasil, percebeu que precisava ajudar seus principais compradores a manterem seus negócios saudáveis, e teve uma iniciativa inédita: criou a Escola da Marcenaria Moderna, EMM. A Escola é uma espécie de centro de aperfeiçoamento e reciclagem de empresários e profissionais da marcenaria, que tem como objetivo garantir a sustentabilidade do segmento da marcenaria e, por conseqüência, do seu próprio negócio.
A diretora do Instituto Leo Madeiras, Simone Nascimento, sente-se animada com a expansão do setor, e afirma que a procura pelos cursos da EMM vêm crescendo de maneira sustentada. "Estamos fazendo a nossa parte para assegurar que o segmento se beneficie deste círculo virtuoso, pela melhora dos serviços nessa área e pelo sucesso dessas empresas e satisfação dos consumidores de móveis sob medida". Os cursos contemplam novas aplicações técnicas, gestão eficiente do negócio e ainda orienta os alunos a só utilizarem madeira legal e certificada. Spessoto faz os cursos da EMM desde 2006. Na opinião do empresário os conhecimentos de marketing e atendimento ao cliente foram os mais importantes nos cursos que fez. "Aprendi a mostrar o meu diferencial para o meu cliente".
Empresas maiores, como a Almudena Marcenaria, também estão vivendo um bom momento. A empresa tem em média 15 obras em andamento por mês e 30 clientes fixos. O fato de só atender ao meio empresarial exige um alto nível de profissionalização, trabalham nos 1000 m² da empresa, em Diadema, São Paulo, 40 funcionários, todos registrados. O proprietário, Carlos Alberto Del Rio Gómez, sabe que para manter o padrão é preciso atualizar-se, por isso ele também freqüenta os cursos da EMM. "Fiz para me capacitar, por exigência de mercado. Uma das missões da minha empresa é a busca pelo aprimoramento e isso faz parte da globalização, se você não se capacitar, vai perder mercado e ser extinto".
Fonte: ECCO - Escritório de Consultoria e Comunicação
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