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“Plantar florestas é um bom negócio”. Foi com essa constatação que o profissional Ronaldo André Soares, da empresa Votorantim Celulose e Papel iniciaram sua fala durante a palestra “Evolução das Máquinas e Implementos Florestais em Silvicultura”, que aconteceu na Expo Unimed, em Curitina.
Soares mostrou em sua abordagem um retrato da evolução do setor, com uma análise retrospectiva desde os anos 60, passando pelos últimos 40 anos. Segundo ele, entre os anos 60 e 70, o setor contava com incentivos fiscais ao plantio florestal, ensino de silvicultura, surgimento de órgãos de pesquisa junto a universidades num cenário onde prevalecia uso de tratores de esteira, arados, grades, entre outros recursos.
Já nos anos 80, o setor florestal teve que enfrentar o fim dos incentivos fiscais, o que fez cair bastante a produtividade das florestas, quando já se iniciavam os plantios clonais e o uso dos tratores agrícolas, bem como ocorreu a explosão do uso de pinus.
Nos anos 90 veio a concretização dos plantios clonais, as certificações florestais,na mesma proporção que começava a se discutir a importância de se preservar o solo, bem como foi implantada a Legislação Ambiental. Por outro lado, no campo começava a se estabelecer a modernização do solo, os tratores que surgiam eram mais poderosos e os implementos já estavam mais adaptados.
Nos anos 2000, a eletrônica foi embargada e os tratores também tiveram sua capacidade hidráulica ampliada. No ano de 2001 foi decretado o Código Florestal Brasileiro, com mudanças a serem seguidas e os tratores que chegaram ao ambiente ganharam cabines e as máquinas ganham o campo.
Para Soares, apesar desta trajetória, o desenvolvimento alcançado pela silvicultura ainda foi pouco, se compararmos à evolução dos produtos de base agrícola. O resultado imediato foi o reduzido número de fabricantes no setor, os investimentos limitados. Já a colheita florestal teve um alto desenvolvimento de setor, tornando-se uma boa opção aos fabricantes, com altos investimentos e tecnologia de ponta.
Apesar da evolução das máquinas, o setor ainda caminha a passos lentos e não motiva as empresas agrícolas. "Eles lutam com poucos recursos, mas o que nos consola é que este não é um retrato especificamente brasileiro", explica. De acordo com o profissional da VCP, mesmo neste contexto, o país é visto como a menina dos olhos e tem muito potencial para crescer.
Feira florestal
Quem assistiu à palestra de Ronaldo André Soares (VCP) nesta segunda-feira (10), poderá constatar a olhos vivos qual caminho seguiram as máquinas e implementos florestais nos últimos 40 anos. A Expoforest começa nesta terça-feira e vai até o dia 14. O lançamento da feira será feito no período da manhã e apresentará diversas inovações.
Fonte: Celulose Online
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