Notícias
A ONG ambientalista Greenpeace propõe o desmatamento zero até 2015 para a Amazônia como única forma de evitar as projeções pessimistas de aumento da temperatura em dois graus nas próximas décadas.
De acordo com o coordenador do Greenpeace no Amazonas, Paulo Adário, o aquecimento na temperatura resultaria em um caos na humanidade e, no caso da Amazônia, em “mudanças absolutamente dramáticas”, que vão de risco de redução da água e alterações do clima a aumento de doenças como malária e dengue.
A projeção de Paulo Adário foi apresentada na 1ª Conferência Latino-Americana de Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais, iniciada ontem, em Manaus. O evento reúne representantes de ONGs reconhecidas, como o próprio Greenpeance e a WWF, órgãos federais como o Serviço de Proteção da Amazônia (Sipam), instituições de pesquisa e entidades do movimento social.
Embora seja difícil de ser alcançado, o desmatamento zero não é algo impossível, na avaliação de Adário. Para ele, é urgente criar medidas que passam não apenas por decisões na esfera governamental mas também no comportamento individual de toda a sociedade.
Paulo Adário atacou o que ele considera o grande vilão do desmatamento da Amazônia: o agronegócio. Segundo ele, a derrubada de vegetação para transformação de pasto é responsável por 75% da emissão de gás carbônico na atmosfera lançado, anualmente, no País. O Brasil é o quarto maior país poluidor do mundo, segundo o Greenpeace.
“Ano que vem, em Copenhagen, os países precisam elaborar um acordo global para impedir o avanço das mudanças climáticas causados pela emissão de gás poluentes”. Ano que vem, o governo dinamarquês vai sediar uma grande conferência sobre o tema, promovido pelas Nações Unidas.
Fonte: A Crítica
Notícias em destaque





