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Notícias

07
nov
2008
(MADEIRA E PRODUTOS)
Laminados imitam padrão de madeiras americanas

O consumidor final pode até não saber, mas a beleza e as nuances das madeiras nobres americanas começam a conquistar o público brasileiro. Segundo os arquitetos, a maior parte dos consumidores desconhece os nomes e as origens das madeiras, mas ao ver as amostras, cada vez mais estão optando por padrões das madeiras americanas. Com cores e texturas diferenciadas e o padrão rústico muito comum entre os americanos, e que está na moda no solo brasileiro, tem atraído os designers de interiores, que já começam a exigir de seus fornecedores o novo padrão.

Para atender a essa demanda, empresas de painéis de madeira reconstituídos, como a Masisa e Eucatex, estão utilizando revestimentos que imitam as madeiras americanas. Sólon Cassal, gerente de projetos da empresa Masisa, justifica que o Brasil está seguindo uma tendência mundial, de um padrão de madeiras com aparência mais natural, de textura rústica, o que vai ao encontro das madeiras americanas. Essa tendência, inclusive, foi responsável pelo último prêmio que a empresa ganhou na área do design, com um painel de carvalho. “Apesar de a Itália ditar a moda neste segmento, o Brasil não é conservador e segue modismo da época”, analisa. A Eucatex também está produzindo painéis que imitam o americanos. “O que pode estar ocorrendo é que os Estados Unidos estejam influenciando o mercado europeu, por conta da rusticidade dos móveis”, supõe Andréia Krauser, gerente de marketing da indústria.

Mas se algumas empresas estão fazendo painéis imitando o padrão de madeiras americanas, o que muito consumidor desconhece é a facilidade de se obter a madeira americana natural e legítima no Brasil. Os madeireiros americanos criaram uma associação para dar apoio técnico para os interessados nas hardwoods pelo mundo. A AHEC (American Hardwood Export Council) representa exportadores e todas as principais associações comerciais para produtos de madeira dura.

Diferente do que ocorre principalmente no Brasil, a grande vantagem das madeiras americanas é a sustentabilidade. Nos Estados Unidos as florestas estão em crescimento. Hoje elas são 100% maiores que há cinqüenta anos. Atualmente elas cobrem aproximadamente 113 milhões de hectares, a maior parte localizada na metade leste do país. O volume de madeira de lei nas florestas americanas chega a 10,5 bilhões de metros cúbicos: volume 10 mil vezes maior que o do Empire State Building. Dos 306 milhões de metros cúbicos que crescem ao ano, são colhidos apenas 180 milhões.

Os números confirmam a disponibilidade de madeira americana para importação e abrem boas possibilidades para a indústria brasileira de móveis, pisos e laminados. Segundo Cassal, no Brasil o Red Oak (carvalho vermelho) é a madeira mais procurada, seguida pelo Maple (bordo). “Apesar da sua condição, o brasileiro não conhece madeira e, por isso, não a valoriza”, lamenta.

Fonte: AHEC/Porthus Eventos

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