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Nos primeiros nove meses do ano de 2008 o setor formal da indústria da madeira no Pará perdeu mais de 5 mil postos de trabalho. Mesmo com saldo positivo no mês de setembro, as serrarias continuam puxando o desemprego no setor. Neste período foram feitas 9.815 admissões contra 14.853 desligamentos, gerando um saldo negativo de 5.038 postos de trabalho formais.
O estudo realizado pelo Dieese-PA (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com base em dados oficiais do Ministério do Trabalho, levou em consideração as classes abrangentes do setor e os principais municípios do Pará, onde a indústria da madeira tem forte participação.
Pesquisa
Em 2008, nos noves primeiros meses, a maior queda entre as classes da indústria da madeira no Pará foi mais uma vez do desdobramento de madeira (serrarias) que fez no período 7.217 admitido e desligou 10.866, gerando um saldo negativo de 3.649 postos de trabalho, seguido da fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensadas que fez no período 2.019 admissões contra 3.315 desligamentos, gerando um saldo negativo de 1.296 postos de trabalho; da classe fabricação de estruturas de madeira e de artigos de carpintaria para construção que fez no período 343 admissões contra 416 desligamentos, gerando um saldo negativo de 73 postos de trabalho. A classe fabricação de artefatos de tanoaria e embalagens de madeira também apresentou queda do emprego formal com a extinção de 11 postos de trabalho.
Empregos
A situação no emprego formal vem piorando mês a mês no setor da indústria da madeira, com exceção do mês de setembro passado, quando depois de mais de um ano de queda, o setor apresentou ligeiro crescimento no emprego formal. Foram feitas 1.308 admissões contra 1.135 desligamentos, gerando um saldo positivo de 173 postos de trabalho, apresentando saldo positivo em todas as classes do setor, incluindo o desdobramento de madeira (serrarias).
Análises
As análises feitas pelo Departamento mostram ainda que dentro das atividades econômicas do setor apenas a classe fabricação de artefatos de madeira apresentou saldo positivo de emprego formal no comparativo entre admitidos e desligados neste mês de setembro, nas demais houve queda de empregos formais.
O setor madeireiro em 2007
Como tem sido amplamente noticiado, o setor madeireiro no Pará vem atravessando uma série de dificuldades há mais de dois anos, o que tem tido reflexo diretamente na geração de novos postos de trabalhos formais.
Em 2007, por exemplo, foram feitas 16.882 admissões contra 19.902 desligamentos, gerando um saldo negativo de 3.020 postos de trabalhos. O destaque negativo maior ficou com a perda expressiva no desdobramento de madeira (serrarias) que teve durante o ano passado 12.347 admitidos, mas desligou 14.371 gerando um saldo negativo de 2.024 postos de trabalhos.
Formais
O Dieese também vem analisando desde o ano passado, o comportamento do emprego formal em cerca de 40 municípios do Estado do Pará com mais de 30 mil habitantes, onde o Setor Madeireiro tem expressiva participação. No comparativo entre admitidos e desligados a grande maioria dos municípios analisados apresentou resultados negativos, tanto na analise do mês de setembro, como dos primeiros nove meses de 2008.
Primeiro
O campeão foi o município de Almerim fechando o período com 125 postos de trabalho, seguido por Portel, com 59 postos de trabalho. O campeão em desligamentos foi o município de Breves com 969 desligamentos seguidos por Belém, com 744 desligamentos, bem próximo de Paragominas, com 722 postos de trabalhos desligados.
Rondon do Pará: saldo negativo
As maiores perdas de postos de trabalho ocorreram ainda nos municípios de Rondon do Pará, com saldo negativo de 262 postos de trabalho; Santarém, com um saldo negativo de 213 postos de trabalho; Ananindeua, com saldo negativo de 208 postos de trabalho; Tailândia, com saldo negativo de 203 postos de trabalho; Altamira, com um saldo negativo de 195 postos de trabalho; Dom Eliseu, com saldo negativo de 192 postos de trabalho; Marituba, com saldo negativo de 138 postos de trabalho; Itupiranga, com saldo negativo de 134 postos de trabalho; Uruará, com saldo negativo de 92 postos de trabalho; Jacundá, com saldo negativo de 84 postos de trabalho; Novo Repartimento, com saldo negativo de 77 postos de trabalho. O estudo apontou uma queda do emprego formal nos últimos 12 meses (outubro/2007-setembro/2008). Foram feitas no período 12.705 admissões contra 19.836 desligamentos, gerando um saldo negativo de 7.131 postos de trabalho formais.
As análises mostram também que, dentro das atividades econômicas do setor, todas as classes apresentaram saldo negativo de emprego formal no período. A maior perda de postos de trabalho formais ficou mais uma vez com o desdobramento de madeira (serrarias) que teve no período 9.321 admitidos e desligou 14.669, gerando um saldo negativo de 5.348 postos de trabalho, seguido da fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensadas que fez no período 2.607 admissões contra 4.226 desligamentos.
Fonte: Diário do Pará
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