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A exportação de carvão ao Brasil começa a experimentar uma considerável diminuição, devido a queda do preço nas siderúrgicas de Minas Gerais. Além, da crise financeira que desvalorizou o real e os tramites burocráticos triplicaram com a subida do valor imposto de 100 dólares a tonelada.
Um solitário caminhão carboneiro que estava na fila na zona da Aduana, mostra à queda da exportação as siderúrgicas que só pagam a metade do preço.
Segundo os registros da Administracion Nacional de Navegacion y Puertos (ANNP), nos primeiros dez dias do mês em curso embarcaram apenas 63 caminhões de carvão com destino ao Brasil (menos de 2.000 toneladas).
Esta baixa tendência vai ser incrementando nos próximos dias, devido ao fato de que o negócio vai perdendo rentabilidade, por muitos fatores, relacionado à crise financeira que afeta a economia mundial.
O primeiro golpe que afetou a exportação foi a subida do valor para100 dólares a tonelada, determinada pela Aduana e que foi posto em prática a partir de agosto. Isto propiciou um aumento considerável de impostos por importação que cobra a Receita Federal brasileira e triplicou o custo da burocracia, segundo explicou Alfredo Cabral, administrador da Aduana local.
A isto se somou a queda da cotização do real, que chegou a perder 500 pontos ante o guarani nos últimos 30 dias.
O fator principal que afetou o negócio foi a drástica queda do preço pago pela indústria siderúrgica de Minas Gerais (Brasil), principal comprador de carvão do Paraguai. A que dado preço (quase 50% aproximadamente, segundo os despachantes) foi a raiz da fonte do impacto que teve a crise econômica sobre o preço mundial do aço, segundo os dados.
Se não mudar o panorama, o negócio do carvão só continuará aos transportadores brasileiros que adquirirem o produto diretamente dos campesinos, sem intermediários.
O bom preço que até a pouco tempo tinha o carvão no Brasil fez com que o produtor primário chegasse a receber até G. 650 o quilo. Na atualidade o preço caiu para G. 300. Com este preço, o mercado nacional voltou a ser atrativo para os comerciantes de carvão.
De janeiro a setembro desse ano já foram exportados 131.047.323 quilos, segundo a Aduana. De acordo com a ANNP a quantidade despachada nos 9 meses foi de 167.472.576, mais de 36.000 toneladas de diferença. O ano passado a exportação registrada pela Aduana local foi de 194.164.900 quilos.
Fonte: ABC Digital
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