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Notícias

14
out
2008
(PAPEL E CELULOSE)
Setor de papéis precisa crescer em produtividade

O setor de papéis no Brasil precisa crescer, sobretudo, em produtividade e estabelecer uma agenda para discutir temas de interesse nacional. Com esta afirmação, a presidente da Bracelpa, Elizabeth de Carvalhaes, abriu sua palestra durante o Panorama Setorial, que aconteceu nesta segunda-feira durante a abertura da ABTCP 2008.

Carvalhaes apresentou números do setor no Brasil, que tem na Europa o maior destino para seus produtos e que impacta em 18% a balança comercial do país. Ela também mostrou os índices dos investimentos previstos ate 2012, cenário que deve ter mudancas em virtude da crise mundial. "Se estivéssemos no final de agosto, a previsão seria de, até 2015, investir 22 bilhoes de dólares, mas não se pode repetir isso hoje", afirmou Elizabeth lembrando que o maior problema da crise são os impactos finais nos investimentos.

Um fator que incide sobre os investimentos nacionais no setor de celulose e papel é a alta carga tributária que chega a 17%. "Nenhum país que quer crescer, tributa desta maneira os investimentos".

Participantes do Panorama Setorial
A presidente da Bracelpa destacou a necessidade de se criar uma agenda positiva da área de papéis. "Hoje, há um grande número de projetos de lei no segmento de reciclados, por exemplo, mas o que precisamos é de uma lei federal", afirmou.

Outro problema que afeta o segmento de papéis está na alta taxa de desvio no segmento de imunes, em decorrência da falta de fiscalização e dos benefícios dados aos importados. "Este é um grave problema de reputação para o Brasil", disse.

Uma das metas de trabalho da Bracelpa é a criação de um grupo das florestas plantadas, segmento em que o Brasil é lider em produtividade. "Pretendemos criar um grupo para gerar informações sobre o que são as florestas plantadas". Mais uma proposta é incluir as florestas plantadas no Protocolo de Kyoto, que hoje, embora estes sejam os maiores sequestrados de carbono do mundo, os créditos não são aproveitados no mercado.

Crescer em papéis

Carlos Farinha, vice-presidente da Poyry Tecnologia, fecha panorama
Encerrando a primeira parte do Panorama Setorial, Carlos Farinha, vice-presidente da Poyry Tecnologia, fez uma análise sobre a competividade no setor de papéis, enfatizando porque o Brasil é um grande exportador de celulose, mas não de papel. Segundo ele, para ser competitivo é preciso que o país potencialize seus recursos naturais.

Um dos fatores que contribuem para este cenário é o fato de que as margens para produção de celulose são maiores que na produção de papel. Outro fator está na alta produtividade das máquinas de papel, muito superior à real demanda do mercado. "Além disso, a celulose é global, enquanto que o papel é produzido próximo dos mercados consumidores".

Fonte: Celulose Online

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