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O cerrado é um dos principais ecossistemas do país. Mas, no norte de Minas Gerais, essa riqueza natural se transforma em carvão ilegal. Em dez anos, o consumo de carvão em Minas aumentou 60%, segundo o Instituto Estadual de Florestas (IEF). No mesmo período, a quantidade de carvão clandestino também cresceu.
Em 1997, o parque siderúrgico do estado consumiu 15 milhões de metros cúbicos de carvão, o equivalente a, pelo menos, 214 mil caminhões carregados. No ano passado, subiu para 24 milhões de metros cúbicos de carvão.
"A lei ambiental do estado prevê que até 90% do carvão vegetal consumido seja de mata plantada, mas não é isso que ocorre", diz a promotora de Justiça Aluízia Beraldo.
Por isso, outro dado preocupa: o crescimento da clandestinidade. Em 1997, entraram na siderúrgica 75 mil metros cúbicos de carvão ilegal, o que representa pelo menos 1.071 caminhões. No ano passado, foram 3 milhões de metros cúbicos; quase 42 mil caminhões.
O supervisor regional do IEF Juvenal Nogueira diz que Minas tem grandes parques siderúrgicos, principalmente nas regiões de Sete Lagoas e Divinópolis e há dificuldade de cercar e fiscalizar as áreas.
Segundo a promotoria, um dos esquemas usados na produção e desvio do carvão é o da falsificação das notas de origem e destino do produto.
Sindicato - O Sindicato da Indústria do Ferro no Estado de Minas Gerais informou que orienta todas as empresas do setor a respeitar as leis ambientais e que o assunto é constantemente discutido nas reuniões.
Ainda de acordo com o Sindifer, uma lei sugerida pelos empresários foi encaminhada para a Assembléia Legislativa do estado. Ela prevê que daqui oito anos, todo o carvão usado nas siderúrgicas será produzido a partir de mata plantada.
Fonte: G1
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