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Notícias

29
set
2008
(COMÉRCIO EXTERIOR)
Pouco crédito pode impactar exportações em 2009

Nas últimas duas semanas, a crise parece ter dado as caras no Brasil. As linhas de financiamento externo às exportações secaram e duas grandes exportadoras brasileiras, Sadia e Aracruz, admitiram perdas no mercado de câmbio. A grande dúvida do mercado é se esses dois movimentos vão afetar as exportações brasileiras.

O especialista José Augusto de Castro, vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), acha que a restrição ao crédito externo pode ter um impacto muito maior sobre as exportações do que o problema vivido pela Sadia e Aracruz. Mesmo assim, supondo que a grande maioria das empresas exportadoras não foi afetada por operações arrojadas no mercado derivativo de câmbio.

Para o vice-presidente da AEB, o problema da restrição ao crédito externo também pode ser compensado pelas operações pontuais de venda de dólar que estão sendo realizadas por parte do Banco Central ou por recursos próprios das empresas. As companhias exportadoras estão capitalizadas e podem, pelo menos temporariamente, abrir mão desses financiamentos.

De qualquer forma, José Augusto de Castro diz que esses problemas provocados pela crise financeira global, como a escassez de crédito e a queda prevista nos preços das commodities, só devem ter maior impacto nas exportações em 2009. Para este ano, o vice-presidente da AEB acha que a meta de US$ 202 bilhões de exportações projetada pelo Ministério do Desenvolvimento está praticamente assegurada, se é que é possível fazer alguma aposta nesses tempos de crise.

Fonte: Folha de São Paulo/Celulose Online

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