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Notícias

26
set
2008
(PAPEL E CELULOSE)
Brasil terá álcool de celulose em 2010

A corrida tecnológica pelo álcool de segunda geração, o combustível verde obtido a partir de resíduos do bagaço de cana ou de qualquer outro vegetal, poderá ser vencida pelo Brasil em um ano e meio.

Foi o que garantiu o presidente para a América Latina da dinamarquesa Novozymes, Pedro Luiz Fernandes. Segundo informou, será possível iniciar a produção deste tipo de álcool em escala comercial em 2010, a um custo mais baixo que o álcool convencional.

Há um ano, a Novozymes, maior produtora de enzimas industriais do mundo, e o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), de São Paulo, assinaram acordo para selecionar a enzima mais adequada para a hidrólise do bagaço da cana-de-açúcar. Desde a assinatura do acordo, a pesquisa evoluiu para a utilização de dois tipos de enzima.

Os estudos estão na etapa em que se busca a melhor forma de utilizar uma enzima em cada etapa de produção ou as duas simultaneamente, informou. Segundo Fernandes, a tecnologia da empresa aponta para uma solução, cujo custo será inferior ao da produção de álcool convencional. "Com certeza, na medida em que ganhar escala, o álcool de celulose será mais barato que o produto atual." Com essa tecnologia, o Brasil poderá triplicar a produção de etanol sem necessidade de ocupar novas áreas agrícolas.

A Novozymes faz essa pesquisa em escala mundial. Os Estados Unidos têm o mesmo interesse de produzir o álcool de celulose a partir dos resíduos do milho. São mais de 110 cientistas envolvidos na sede da empresa na Europa, nos EUA (a empresa tem parceria com a Universidade de Washington) e no País. "Pelo que tem de biomassa, o Brasil é o player do futuro neste tipo de combustível”.

Fonte: Gazeta Mercantil/Celulose Online

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