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As projeções de que a moeda americana volte ao patamar de R$ 1,65 estão mantidas. Além disso, fatores como a desaceleração econômica e queda no preço das commodities devem compensar possíveis pressões da moeda americana.
Segundo Fábio Romão, da consultoria LCA, a alta do dólar só seria preocupante se mostrasse permanente. "Por enquanto, achamos que essa alta é temporária e a economia brasileira está com capacidade para absorver os impactos da crise financeira internacional", diz. A expectativa da LCA é de que até o fim do ano o dólar voltará a R$ 1,67. Dessa forma, a política de alta de juros do Banco Central deve manter a inflação dentro da meta.
O real também tem sofrido desvalorização em relação a outras moedas. Segundo cálculos do BNP Paribas, desde agosto o real desvalorizou-se 9% diante de uma cesta de moedas dos principais parceiros comerciais do Brasil. Mesmo assim, Alexandre Lintz, estrategista-chefe do banco, diz que o dólar não será um fator de pressão inflacionária. "Claro que ele aumenta o risco de inflação, mas na composição de fatores, há outros agindo contra, como a desaceleração econômica e a queda das commodities", diz. Para ele, a inflação deste semestre deve ser pressionada pelos reajustes salariais.
"Sobre o dólar, o risco seria a depreciação se manter, mas não é o esperado." Para o BNP Paribas, a moeda deve cair para algo entre R$ 1,60 e R$ 1,65 até o fim do ano. Dessa forma, Lintz mantém a projeção de inflação de 6,5% este ano.
Fonte: Valor Econômico
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