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A economia brasileira cresceu 6% no primeiro semestre de 2008 sobre igual semestre de 2007, mesma variação apresentada no acumulado dos últimos 12 meses. Já no segundo trimestre do ano, a expansão da economia foi de 6,1%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o crescimento foi de 1,6%. Esses são os números do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados nesta quarta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A expansão do consumo prossegue puxando o PIB junto com os investimentos. Em anos eleitorais, como o atual, há tendência de aumento de gastos públicos. Por outro lado, também é comum a antecipação de gastos governamentais para o primeiro semestre, devido à legislação eleitoral, que impede certos tipos de gastos três meses antes das eleições, que serão realizadas em outubro.
O PIB representa o total de riquezas produzido em um determinado período num país. É o indicador mais usado para medir o tamanho da economia doméstica. O indicador inclui tanto os gastos do governo quanto os das empresas e famílias. Mede também a riqueza produzida pelas exportações e as importações. Segundo o IBGE, em valor, o PIB do segundo trimestre somou R$ 716,9 bilhões.
O IBGE também divulgou a revisão do PIB do primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado de 5,8% para 5,9%. A mudança se deu devido ao setor agropecuário, cujo dado de crescimento foi revisado de 2,4% para 3,0% na comparação.
Indústria, agropecuária e serviços
A indústria teve expansão de 5,7% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período de 2007 e de 0,9% em relação ao primeiro trimestre de 2008. No primeiro semestre, a indústria se expandiu 6,3% e, em 12 meses até junho, 5,5%.
No caso da agropecuária, as variações no segundo trimestre foram de 7,1%, em relação ao mesmo período do ano passado, e de 3,8% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. Com isso, no primeiro semestre houve alta de 5,2%, ante os primeiros seis meses de 2007, acumulando alta de 7,0% em 12 meses.
O setor de serviços, o de maior peso no PIB, teve ampliação de 5,5% no segundo trimestre, ante igual período de 2007; de 1,3% na comparação de abril a junho com janeiro a março, de 5,3% no primeiro semestre em relação aos primeiros seis meses do ano passado e de 5,1% em 12 meses até junho.
Investimentos
Os investimentos em produção, ou Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), continuam crescendo bem acima da média da economia. No segundo trimestre, elevaram-se 16,2% em relação ao mesmo período do ano passado e 5,4% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. No primeiro semestre, a alta foi de 15,7% ante igual período de 2007.
No primeiro trimestre, o crescimento tinha sido de 15,2 % em relação ao mesmo período de 2007 e de 1,3% na comparação com o quarto trimestre de 2007.
A taxa de investimento (FBCF/PIB) ficou em 18,7% no segundo trimestre, registrando o maior número para o período desde o início da série da pesquisa em 2000. A formação bruta de capital fixo é constituída principalmente por máquinas e equipamentos e pela construção civil.
No primeiro semestre, a taxa de investimento ficou em 18,5%, também a maior da série. Em 12 meses, a FBCF cresceu 15,5%. A taxa de poupança (poupança/PIB) no segundo trimestre situou-se em 19% e no primeiro semestre em 17,9%.
Consumo
O aumento do consumo das famílias no segundo trimestre deste ano foi de 6,7% na comparação com o mesmo período de 2007 e de 1,0 % em relação ao primeiro trimestre de 2008. No primeiro semestre, a alta foi de 6,7% e, em 12 meses, de 4,1%.
No primeiro trimestre, o consumo das famílias tinha crescido 6,6% na comparação com igual período do ano passado e 0,3% em relação ao trimestre anterior.
O consumo do governo também continuou subindo também, com aumento de 5,3% no período de abril a junho em relação aos mesmos meses de 2007 e de 0,3% na comparação com janeiro a março. No acumulado do primeiro semestre, a elevação foi de 5,6% e em 12 meses de 4,1%. No primeiro trimestre, o consumo do governo aumentou 5,8% ante o primeiro trimestre do ano passado e 4,5% na margem.
Fonte: Agência Estado
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