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O estado de Mato Grosso é o pioneiro no uso da palha residual da produção de sementes de forrageiras pelas indústrias. Através de um projeto desenvolvido pelo Comitê de Sementes Forrageiras da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat). A palha é usada nos fornos das caldeiras em uma indústria de Rondonópolis, no refino de óleo de soja.
Com uma área plantada de 15.000 hectares e uma produção 200 mil toneladas o Estado de Mato Grosso é o um dos grandes produtores nacionais de sementes de forrageiras. Para produzir 20 quilos de sementes são obtidos 400 quilos de palha residual. Depois da colheita das sementes a palha era queimada nos campos ocasionando danos ambientais. Com esse novo manejo a palha compactada em fardos de 400 quilos e levados para a indústria.
A fazenda Santa Rita, em Rondonópolis, produz sementes de forrageiras desde 1989. Em 2007 foram obtidos no cultivo de sementes 4,5 mil toneladas de palha e para este ano a meta é alcançar 15 mil.
Para o presidente do Comitê de Sementes Forrageiras da Aprosmat, Pierre Marie Jean Patriat, o uso da palha de brachiaria evita-se o corte de árvores silvestres e também o uso de lenha de eucalipto. “Temos oferta de produção de palha por 120 dias ao ano, com isso evitamos a queima da palha no solo, emissão de fumaça e incêndios acidentais de outras culturas. Com isso criamos uma opção de matriz energética.”, salienta Pierre Patriat.
A tonelada de palha de brachiaria é 15% mais barata que do eucalipto e as propriedades caloríferas da palha são semelhante da lenha tradicional.
Segundo Pierre Patriat, nos próximos anos com a união dos produtores de sementes de forrageiras o objetivo é transformar a palha em energia de carbono. “Com a crise do petróleo teremos um combustível alternativo, sustentável e rentável para atender uma parte da demanda de energia nacional”, revela Pierre.
Fonte: 24 Horas News
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