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Notícias
03
set
2008
(ECONOMIA)
Com real caro, metade das empresas deixa de exportar
A valorização cambial e abertura da economia provocaram forte ajuste na indústria nacional, com menores vendas tanto no Brasil como no exterior. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica que dois terços das empresas brasileiras perderam mercado doméstico e metade das companhias deixou de exportar ou perdeu participação lá fora nos últimos 12 meses.
As importações do país, de acordo com a pesquisa, representam competição para 37% das empresas brasileiras. Entre as grandes, a concorrência atinge 46% das companhias; entre as médias, 44%; e entre as pequenas, 31%.
Diante da maior competição com produtos vindos do exterior, 91% das empresas relataram à CNI terem adotado estratégias para competir melhor. Entre as grandes empresas, o número chega a 97%.
O levantamento também indica que as grandes empresas buscaram a competição internacional -76% delas exportam seus produtos. No total, 38% das empresas brasileiras exportam, mas entre as pequenas são apenas 22% e, entre as de médio porte, 50%.
"As exportações são muito concentradas em empresas de pequeno porte. Havia um movimento de pequenas e médias participando mais, mas esse movimento está ameaçado", avaliou Flávio Castelo Branco, gerente-executivo da CNI.
É possível verificar por que as pequenas têm mais dificuldade de competir quando se observam as estratégias necessárias para concorrer com produtos importados. Metade das empresas opta por reduzir custos, enquanto 34% por reduzir preços ou a margem de lucro.
Os indicadores disponíveis hoje indicam que essa competição só tende a aumentar, seja pela relativa estabilidade do dólar seja pela necessidade de abrir ainda mais a economia brasileira como moeda de troca para obter novos mercados para os produtos brasileiros em outros países.
"O empresariado é um organismo vivo e precisa se ajustar a um novo cenário de competição, senão morre. Para continuar com o mesmo nível de produção, é preciso ajustar as velas, adotar tecnologias, produzir nos moldes dos competidores estrangeiros", disse Paulo Mol, economista da CNI.
O impacto da valorização do real afeta de forma diferente os setores da economia, de acordo com a pesquisa. Representantes dos segmentos têxtil, móveis, madeira, vestuário, couro, minerais não-metálicos, borracha e máquinas foram os que mais reclamaram da perda de mercado no exterior.
Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, o câmbio é apenas um dos fatores que inibem a competitividade dos produtos brasileiros em outros países. Mas pode também ajudar, no caso da modernização de linhas de produção, o que significa maior competitividade. Os técnicos da CNI ouviram 1.564 empresas industriais entre 26 de julho e 6 deste mês.
As importações do país, de acordo com a pesquisa, representam competição para 37% das empresas brasileiras. Entre as grandes, a concorrência atinge 46% das companhias; entre as médias, 44%; e entre as pequenas, 31%.
Diante da maior competição com produtos vindos do exterior, 91% das empresas relataram à CNI terem adotado estratégias para competir melhor. Entre as grandes empresas, o número chega a 97%.
O levantamento também indica que as grandes empresas buscaram a competição internacional -76% delas exportam seus produtos. No total, 38% das empresas brasileiras exportam, mas entre as pequenas são apenas 22% e, entre as de médio porte, 50%.
"As exportações são muito concentradas em empresas de pequeno porte. Havia um movimento de pequenas e médias participando mais, mas esse movimento está ameaçado", avaliou Flávio Castelo Branco, gerente-executivo da CNI.
É possível verificar por que as pequenas têm mais dificuldade de competir quando se observam as estratégias necessárias para concorrer com produtos importados. Metade das empresas opta por reduzir custos, enquanto 34% por reduzir preços ou a margem de lucro.
Os indicadores disponíveis hoje indicam que essa competição só tende a aumentar, seja pela relativa estabilidade do dólar seja pela necessidade de abrir ainda mais a economia brasileira como moeda de troca para obter novos mercados para os produtos brasileiros em outros países.
"O empresariado é um organismo vivo e precisa se ajustar a um novo cenário de competição, senão morre. Para continuar com o mesmo nível de produção, é preciso ajustar as velas, adotar tecnologias, produzir nos moldes dos competidores estrangeiros", disse Paulo Mol, economista da CNI.
O impacto da valorização do real afeta de forma diferente os setores da economia, de acordo com a pesquisa. Representantes dos segmentos têxtil, móveis, madeira, vestuário, couro, minerais não-metálicos, borracha e máquinas foram os que mais reclamaram da perda de mercado no exterior.
Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, o câmbio é apenas um dos fatores que inibem a competitividade dos produtos brasileiros em outros países. Mas pode também ajudar, no caso da modernização de linhas de produção, o que significa maior competitividade. Os técnicos da CNI ouviram 1.564 empresas industriais entre 26 de julho e 6 deste mês.
Fonte: Agência Estado
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