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A Câmara Setorial de Silvicultura solicitou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a criação de título com características específicas para o setor florestal e o estabelecimento de prazo mais longo para pagamentos. A proposta foi apresentada no dia 19 de agosto, em Brasília.
Atualmente, estão disponíveis duas formas de financiamento: a Cédula de Produto Rural, que permite a liberação de recursos uma única vez, e a Cédula de Crédito Bancário. A Secretaria de Política Agrícola (SPA) está estudando a proposta da Câmara Setorial e irá apresentá-la à área jurídica para encaminhamento ao Congresso Nacional.
O presidente da Câmara Setorial de Silvicultura, Fernando Henrique da Fonseca, afirma que, para o setor, um prazo maior de financiamento seria o ideal, uma vez que, no Brasil, o produtor de florestas espera sete anos para obter resultados.
“Alguns países dominam o mercado de produção de florestas, como o Canadá, com 30% e a Finlândia, com 4%. A produtividade é sete vezes inferior à nossa. Em alguns casos, a árvore demora cerca de 50 anos para dar retorno econômico por causa do clima”, enfatizou Fernando.
A produção do setor florestal rende mais de US$ 30 bilhões por ano e as exportações representam US$ 7 bilhões. Dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) mostram que o Brasil ocupa o sexto lugar na produção mundial de celulose, com 11,9 milhões de toneladas. As exportações desse setor foram de US$ 3 bilhões em 2007, sendo 54% para a Europa e 25% para Ásia e Oceania.
Estado
A silvicultura em Mato Grosso do Sul tem sido apresentada como outra alternativa econômica, uma vez que a produção de soja e a pecuária de corte já estão consolidadas na matriz econômica do Estado. Por outro lado, o setor sucroalcooleiro – de produção de etanol (álcool combustível) a partir da cana-de-açúcar – dá sinais de que pretende se firmar como outro ponto de desenvolvimento.
O setor florestal confirma que o desenvolvimento de florestas plantadas se dá em regiões de pastagens degradadas, que não seriam mais utilizadas para pastagem. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Cidades, Planejamento, Ciência e Tecnologia (Semac), o Estado possui nove milhões de hectares de pastagens degradadas, nas quais pode ser investido o capital para formação de novas florestas.
Os municípios de Ribas do Rio Pardo, Água Clara e Três Lagoas concentram a maior parte das florestas plantadas no Estado. A utilização da madeira de silvicultura pode ser utilizada na produção de celulose (matéria-prima para o papel), móveis, chapas de madeira e na geração de energia para siderurgia.
Neste setor (siderurgia), quatro empresas já estão instaladas em Mato Grosso do Sul. Juntas, elas geram 769 empregos, com investimentos acima de R$ 234 milhões (precisamente R$ 234.533.861,00), segundo informações da Secretaria de Estado de Produção e Turismo (Seprotur).
Há ainda três projetos em negociação para implantação nos municípios de Aquidauana e dois em Três Lagoas, com valores aplicados de quase R$ 500 milhões.
Fonte: MS Notícias/Celulose Online
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