O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) analisou cerca de 1 milhão de hectares da Amazônia em um mês. No início de agosto, completou as operações na gleba Curuá, um dos oito focos da operação fundiária no perímetro da BR-163. Até o final do ano, o órgão pretende varrer todos os três milhões de hectares previstos para a ação. A expectativa é conseguir regularizar três mil imóveis em quatro municípios do Pará: Novo Progresso, Altamira, Trairão e Itaituba.

Na primeira fase da varredura, o Incra fez o levantamento ocupacional de 1.111 imóveis. Desses, mais de 800 se encontram na gleba Curuá. Tal levantamento consiste em estabelecer uma relação de diálogo com as famílias que vivem no local, checar se há algum tipo de documentação da terra e há quanto tempo moram ali.

Já estão sendo finalizados os trabalhos na gleba Curuaés, que tem ao todo 1,9 milhões de hectares. Faltam ainda serem varridos 25% dos 556 mil hectares em que o Incra precisa entrar. O restante do território é formado por áreas já destinadas à unidades de conservação e reservas indígenas. A meta do Incra é entregar ao Exército o levantamento total da gleba até o final do mês de setembro.

O Exército também está atuando e já devolveu ao Incra 52 peças técnicas com plantas georreferenciadas, dados de GPS e as coordenadas reais dos imóveis. Com essas informações, o instituto pode começar a terceira fase da operação, a vistoria rural, em que são verificados o tipo de exploração da terra, a produção do imóvel e o respeito à reserva legal.

Fonte: Amazônia.org.br