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Notícias

24
ago
2008
(MEIO AMBIENTE)
Taxa de extinção árvores raras na Amazônia pode chegar a 50%

Espécies comuns de árvores na Amazônia devem sobreviver mesmo nos piores cenários de desmatamento relacionado à construção de estradas, porém, mais da metade das espécies raras devem ser extintas, de acordo com um estudo do Instituto Smithsoniano, uma instituição educacional e de pesquisa ligada ao governo norte-americano. Segundo esse estudo, a taxa de extinção das espécies raras passa os 50%, em um cenário adverso.

A bacia amazônica contém cerca de 40% das florestas tropicais remanescentes e uma das características dessas florestas é a presença de espécies extremamente raras de árvores. Para saber o quanto essas espécies estavam ameaçadas, os cientistas elaboraram um modelo para prever as extinções nas próximas décadas. Com base em um experimento, realizado há trinta anos, que monitorou o nascimento, crescimento e morte de 250 mil espécies de árvores diferentes, foi possível monitorar a "dinâmica das florestas".

Com esse modelo, os cientistas estimaram a existência de 11.210 espécies de árvores grandes na Amazônia Brasileira, e dessas, 5.308 espécies poderiam ser classificadas como raras. Os cientistas criaram então dois modelos relacionados à construção de estradas na região: um otimista, com impactos menores, e outro não-otimista, com alto impacto de desmatamento.

A taxa de extinção para todas as árvores fica em 20%, no modelo otimista, e 33%, no modelo não-otimista. As árvores raras, entretanto, sofrerão mais: 37% em um cenário otimista, e 50% no cenário adverso. Os autores do estudo ainda não sabem dizer até que ponto essas altas taxas de extinção podem comprometer a floresta Amazônica e enfatizam a importância de continuar a estudar as florestas tropicais.

Fonte: Amazônia.org.br

Sindimadeira_rs ITTO