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21
ago
2008
(MÓVEIS)
América do Sul de olho nos Móveis do Brasil

Os países do Sul expandiram a importação do mobiliário brasileiro no primeiro semestre de 2008 em comparação com o mesmo período de 2007.

É o que mostram os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Para se ter uma idéia, o Peru aumentou as importações de móveis brasileiros em 130% - sem considerar a variação de volume físico nos períodos comparados - pois em 2007 importou US$ 3.251.735,00 e em 2008 importou US$ 7.497.240,000. As exportações de móveis para o Paraguai cresceram 76,93%, seguido da Venezuela com 52,57%, Argentina 50,47%, Uruguai 31,98%, Colômbia 24,75%, Bolívia 19,67% e Chile 15,81%. Dos principais países da América do Sul, apenas o Equador obteve recuo de -14,45%. Segundo dados da Apex-Brasil, no primeiro semestre os países da América do Sul representaram 23% do total exportado pelo Brasil em móveis e houve um crescimento de 49% das exportações brasileiras de móveis para estes países, no primeiro semestre de 2008 em relação a igual período de 2007.

Alguns fatores contribuíram positivamente para este aumento significativo das exportações do mobiliário brasileiro para os países vizinhos. A gestora de projeto de exportação de móveis da Apex-Brasil, Mônica Vanise, citou algumas razões que contribuíram para o crescimento. "Maior pró-atividade dos empresários do setor moveleiro em decorrência de ações de promoção nos países vizinhos, visita do Presidente Lula e proximidade destes mercados com os produtores brasileiros, o que facilita e barateia a logística de transporte", disse. Mônica explicou também que, segundo os próprios compradores desses países, a relação qualidade versus preço dos produtos brasileiros é mais vantajosa em comparação com os chineses, nossos principais concorrentes.

Mônica Vanise explicou que as empresas atendidas para pela Apex-Brasil, no setor moveleiro, ampliaram as exportações para os países da América do Sul, no primeiro semestre do ano em relação ao ano anterior. Ela citou que, de 2006 para 2007 houve crescimento de 38%. "Isso ocorre em virtude das visitas do presidente Lula, além de feiras e projetos compradores, em que os compradores internacionais vêm ao Brasil e conhecem diretamente os produtores de móveis, o que demonstra a pro-atividade dos empresários do setor moveleiro", disse.

O Plano de trabalho da Apex-Brasil de 2008/2010 inclui a priorização de alguns mercados no trabalho de promoção comercial e a ampliação do número de empresas que exportam, e entre os mercados que estão tendo prioridade estão alguns países da América do Sul. A gestora de projeto de exportação de móveis da Apex-Brasil disse que esta priorização também está valendo para o setor moveleiro. "Principalmente para o segmento de móveis da linha popular, onde o mercado se torna maior em virtude do poder de renda da população desses países", explicou.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), José Luiz Diaz Fernandez, disse que os principais fatores do aumento das exportações de móveis para os países vizinhos são a buscas por novos mercados, a melhoria dos preços e o mercado que está com mais compradores. O presidente disse também que este é um mercado em ascensão para o setor moveleiro, principalmente a Argentina e Venuzuela. "A Argentina tem grande potencial de crescimento, só vai depender da economia local do país, que está bastante conturbada", disse. José Luiz informou que os países da América do Sul estão importando, do Brasil, móveis de linha média e baixa.

Total

O total exportado em mobiliário do país obteve um recuo de -0,27%, já que até julho de 2008 o Brasil exportou em móveis um total de US$ 471.023.494,00 e no mesmo período de 2007, o país exportou US$ 472.300.178,00. O presidente da Abimóvel disse que a estimativa é de que as exportações totais de mobiliário brasileiro cresçam 5% no ano.

Os Estados Unidos reduziram em -30,49% a compra de móveis do Brasil. Para o presidente da Abimóvel, José Luiz Diaz Fernandez, os principais fatores de influência da baixa exportação de móveis do país para os EUA são a retração que o mercado americano está sofrendo, o desestimulador cambial e os custos de frete, que, segundo ele, estão aumentando muito.

Fonte: Portal Moveleiro

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