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Notícias

20
ago
2008
(SETOR FLORESTAL)
Potência Florestal

A Finlândia, país localizado ao norte da Europa, tem como base de sustentação econômica a exploração florestal. Esta atividade coloca o país no 1° Mundo, com alto índice de desenvolvimento social e econômico. Outros países também possuem bom desempenho econômico, proveniente da exploração da madeira, como o Chile, o Canadá e a Suécia. Atualmente, os olhos estão voltados para o Brasil, pois o colapso energético e florestal já foi anunciado e está próximo. São necessárias novas áreas de plantio de florestas e o Brasil possui extraordinário potencial para esta expansão.

Ainda não acordamos para esta oportunidade, pois o plantio de florestas, além de trazer divisas e alimentar uma complexa cadeia produtiva, capaz de gerar milhares de empregos, diminui a pressão sobre as florestas nativas, diminuindo sua destruição. Segundo a Sociedade Brasileira de Sivicultura, em 2006 atingimos a exaustão dos estoques florestais, sendo necessário o plantio de 630 mil ha/ano para suprir a demanda.O Brasil é reconhecido como a Nação mais competitiva do mundo para a produção de madeira por meio de florestas plantadas. A produtividade brasileira é excepcional, em virtude do solo e do clima tropical, chegando a ser até 10 vezes maior do que a de outros concorrentes. Apesar deste gigantesco potencial, o Brasil domina apenas 3,73% do comércio mundial. No entanto, ainda estão disponíveis para o cultivo 106 milhões de ha, dos quais uma boa parcela poderá ser destinada às florestas. Atualmente, apenas 5 milhões de ha são ocupados com florestas cultivadas, contra 220 milhões de pastagens e 47 milhões com culturas anuais.

É hora de agir. Para isso, é preciso políticas de estímulo ao desenvolvimento florestal, com crédito, assistência técnica, informações e incentivos para adoção do manejo florestal. Um bom exemplo vem de Santa Catarina, onde o governo do Estado subsidia o agricultor com um salário mínimo mensal até o momento do corte da floresta. No Rio Grande do Sul, um grande projeto toma forma com atração de investimentos e empresas. A partir de 2004, o governo gaúcho cria o Proflora, um programa de estímulo ao florestamento de 120 mil ha.

Em nossa região, algumas ações estão sendo discutidas através de Seminários da Cadeia Produtiva da Madeira. Um estudo realizado mostra que a região Noroeste é o 2° pólo madeireiro do Estado, com várias madeireiras e indústrias. Porém, falta matéria prima e organização da cadeia produtiva. De agora em diante, este tema deverá estar na pauta de discussões do desenvolvimento regional, pois este setor oferece várias oportunidades, que não estão sendo aproveitadas pela nossa gente.

Fonte: Jornal Yucumã - Três Passos

ITTO Sindimadeira_rs