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O crescimento das exportações gaúchas de móveis, que avançaram 5,9% de janeiro a julho, poderia ser comemorado se a desvalorização do dólar este ano não fosse tão grande frente à registrada em 2007. A direção da Associação das Indústrias de Móveis do Estado (Movergs) confrontou o desempenho das vendas, acima dos 5,1% do primeiro semestre, com o recuo de 11,91% na cotação cambial no mesmo período. Para a presidente da entidade, Maristela Cusin Longhi, seria necessário um desempenho das vendas no mesmo nível da queda do dólar para compensar a diferença e cobrir custos da produção e assegurar competitividade.
A moeda americana teve média de cotação de R$ 2,019 entre janeiro e julho de 2007, mas recuou para uma média de R$ 1,679 nos sete primeiros meses deste ano. O efeito é desastroso quando as indústrias fazem a conversão para a moeda brasileira, dinheiro oficial para quitar compromissos com a maioria dos fornecedores, pagamento da mão-de-obra e impostos. As exportações gaúchas, que somaram US$ 166,3 milhões de janeiro a julho, resultam em R$ 279,2 milhões. Já o saldo do mesmo período do ano passado, de US$ 156,97 milhões, traduz-se em R$ 316,6 milhões, bem acima da conta atual.
"Estamos tendo sucessivos crescimentos nominais nas vendas, mas, na conversão para o real, estamos perdendo valor", lamentou Maristela. O Rio Grande do Sul manteve 29,3% de participação das vendas externas de móveis brasileiros. O Brasil fechou com leve alta de 1,3% no semestre, somando US$ 566,6 milhões ante US$ 559,1 milhões de 2007.
Fonte: Jornal do Comércio
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