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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Casca de eucalipto será usada para tingir couro.
Minas Gerais tem a maior área de reflorestamento de eucaliptos de todo o país e, conseqüentemente, é no estado onde existem os maiores problemas com descarte de cascas da árvore. A dificuldade em eliminar esse passivo ambiental, que demora anos para se decompor, motivou pesquisadores da Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec) a transformar o lixo das empresas reflorestadoras em fonte de matéria-prima para outras indústrias.
A proposta é tornar as cascas de eucalipto em fonte de tanino, substância utilizada no curtimento do couro e na produção de adesivos e fitoterápicos. Esta substância é capaz de complexar carboidratos e proteínas e desempenha diversos papéis no metabolismo vegetal, principalmente os relacionados com a defesa contra agentes externos. “O eucalipto não produz altos teores de tanino, mas o grande volume de cascas e o baixo custo podem torná-lo uma fonte mais interessante do que as usadas hoje: a acácia negra e o quebracho”, explica o estudante de química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Leandro Fernandes de Almeida.
Com a orientação do pesquisador e coordenador do setor de biotecnologia e tecnologia química do Cetec, Lincoln Cambraia Teixeira, e apoio da engenheira química Marcela Dominguez Vitorino, Leandro participou de todas as etapas do projeto “Produção de Taninos Vegetais a partir de Cascas de Eucalipto Geradas pelas Empresas Reflorestadoras. O trabalho, apresentado em setembro último no Congresso Brasileiro de Química, rendeu a ele o primeiro prêmio na XVI Jornada Brasileira de Iniciação Científica em Química.
Na primeira etapa da pesquisa, a equipe fez a análise química e a extração de tanino das cascas de eucalipto. Cinco espécies foram analisadas (E. urophylla, E. cloeziana, E. grandis, E. camaldulensis e E. pellita) e todas apresentaram bons resultados, especialmente a E. urophylla pelos altos teores de extrativos.
Antes de iniciar o processo de extração, foram feitos testes preliminares para determinar temperaturas, tempos de extração, velocidade de reação e fração de licor. O tanino foi extraído por meio de um processo à base de água e o potencial da substância foi determinado por meio de um teste denominado hide powder, empregado para taninos aproveitáveis no curtimento do couro. Os pesquisadores optaram pela extração com água, por ser um processo sustentável e 100% limpo. “O nosso objetivo é aproveitar as cascas descartadas, sem causar nenhum dano ao meio ambiente”, diz Leandro.
Os testes tiveram parceria da Tanac S.A., empresa que produz extratos tanantes vegetais para a indústria do couro, a partir da casca de acácia negra. O acordo permitiu reproduzir as condições industriais para tornar os testes mais próximos da realidade. Dessa vez, a espécie E. cloeziana foi a que mais se destacou, apresentando resultados promissores para a aplicação comercial. O próximo passo é a extração em escala semipiloto para testes em curtumes.
UJ
Fonte: Ambientebrasil
05/jan/04
A proposta é tornar as cascas de eucalipto em fonte de tanino, substância utilizada no curtimento do couro e na produção de adesivos e fitoterápicos. Esta substância é capaz de complexar carboidratos e proteínas e desempenha diversos papéis no metabolismo vegetal, principalmente os relacionados com a defesa contra agentes externos. “O eucalipto não produz altos teores de tanino, mas o grande volume de cascas e o baixo custo podem torná-lo uma fonte mais interessante do que as usadas hoje: a acácia negra e o quebracho”, explica o estudante de química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Leandro Fernandes de Almeida.
Com a orientação do pesquisador e coordenador do setor de biotecnologia e tecnologia química do Cetec, Lincoln Cambraia Teixeira, e apoio da engenheira química Marcela Dominguez Vitorino, Leandro participou de todas as etapas do projeto “Produção de Taninos Vegetais a partir de Cascas de Eucalipto Geradas pelas Empresas Reflorestadoras. O trabalho, apresentado em setembro último no Congresso Brasileiro de Química, rendeu a ele o primeiro prêmio na XVI Jornada Brasileira de Iniciação Científica em Química.
Na primeira etapa da pesquisa, a equipe fez a análise química e a extração de tanino das cascas de eucalipto. Cinco espécies foram analisadas (E. urophylla, E. cloeziana, E. grandis, E. camaldulensis e E. pellita) e todas apresentaram bons resultados, especialmente a E. urophylla pelos altos teores de extrativos.
Antes de iniciar o processo de extração, foram feitos testes preliminares para determinar temperaturas, tempos de extração, velocidade de reação e fração de licor. O tanino foi extraído por meio de um processo à base de água e o potencial da substância foi determinado por meio de um teste denominado hide powder, empregado para taninos aproveitáveis no curtimento do couro. Os pesquisadores optaram pela extração com água, por ser um processo sustentável e 100% limpo. “O nosso objetivo é aproveitar as cascas descartadas, sem causar nenhum dano ao meio ambiente”, diz Leandro.
Os testes tiveram parceria da Tanac S.A., empresa que produz extratos tanantes vegetais para a indústria do couro, a partir da casca de acácia negra. O acordo permitiu reproduzir as condições industriais para tornar os testes mais próximos da realidade. Dessa vez, a espécie E. cloeziana foi a que mais se destacou, apresentando resultados promissores para a aplicação comercial. O próximo passo é a extração em escala semipiloto para testes em curtumes.
UJ
Fonte: Ambientebrasil
05/jan/04
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