As exportações do setor florestal uruguaio somaram US$ 450 milhões durante o primeiro semestre de 2008, mostrando um crescimento de 40% em relação a 2007.

Sendo que 70% dos embarques corresponderam à pasta de celulose (da empresa Botnia que começou a operar em novembro passado), seguidos de chips. As vendas de painéis cresceram substancialmente, recuperando a queda registrada no último semestre de 2007.

Os Estados Unidos era o principal mercado para os painéis uruguaios, porém a crise desatada no setor da construção, gerou uma queda das exportações e, no Chile, várias empresas tiveram que fechar.

"As duas empresas uruguaias dedicadas a painéis tiveram um tremendo esforço para buscar novos mercados. A União Européia passou a ser um comprador importante, porém também foram o México, Chile e Argentina", assegurou Edgardo Cardoso, gerente da Sociedade de Produtores Florestais ao El Pais.

Segundo a associação, as exportações de papel e cartão caíram para o quinto lugar e logo depois estão os rolos. É que, com a entrada em operação da Botnia, esta passou a absorver a maior quantidade de rolos, abrindo um novo canal para dar maior valor agregado à madeira.

O ano passado, o principal rubro de exportação havia sido os rolos, seguidos da pasta de celulose; em terceiro lugar os chips e, em quarto e quinto lugar caíram papel e cartão.

Segundo a Sociedade de Produtores Florestais, o Japão voltou a converter-se no principal mercado para os chips (28%), seguido da Espanha (25%), Noruega (28%) e Finlândia (11%). Em matéria de madeira serrada, os Estados Unidos importou 27% , a Espanha 17%,a Bélgica 11%, Vietnam 9%, Itália 7% e África do Sul e a China 6%.

Em relação aos rolos 77% deles quem consumiu foi a Botnia para converter em pasta de celulose (a empresa opera em uma zona franca), 8% Vietnam, 5% Noruega, 5% Suécia, Espanha 2% e Marrocos 2%.

A maior compra da China foi madeira serrada, confirmou a Associação de Produtores Florestais, entidade que integra a Associação Rural do Uruguai.

Fonte: El Pais/Remade