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Com o aumento dos movimentos em defesa do meio ambiente, com o crescimento da conscientização ambiental e ecológica, e com a procura do desenvolvimento sustentado. Foi reconhecida a importância da preservação ambiental, para a sobrevivência do planeta. Com isto, houve a necessidade de surgir profissões ligadas a natureza e especializadas em estudar e planejar a exploração dos recursos florestais, buscando uma forma de melhor aproveitar estes recursos, sem que haja grande degradação ao meio ambiente. Assim surgiu a profissão Engenheiro florestal.
No Brasil, a Engenharia Florestal vem se mostrando e ocupando grande espaço. Podemos observar que, desde a década de 60 com a criação da primeira Escola Florestal no Brasil, o numero de escolas cresceram. Hoje encontramos 44 instituições de ensino superior, em funcionamento no país. Oferecendo estudos e conhecimentos técnicos para os futuros profissionais, quanto à preservação e o manejo dos recursos florestais e naturais do Brasil, de forma que estes recursos sejam manejados e conservados para as futuras gerações.
O engenheiro Florestal é um profissional apto a atuar em diversas áreas como:
CIÊNCIA E MEIO AMBIENTE: Área de importante atuação devido à necessidade de conhecer os ecossistemas florestais buscando o desenvolvimento sustentado em manter a biodiversidade. Estudando-se a fana, flora, solos, manejo de bacias hidrográficas, recuperação de áreas degradadas, planejamento e gestão de parques e unidades de conservação, arborização e paisagismo, educação e interpretação ambiental.
PROTEÇÃO FLORESTAL: envolve estudos e controle de incêndios florestais, conhecimentos de pragas e doenças das florestas, melhoramento genético, buscando com estes estudos o melhor aproveitamento dos recursos florestais.
SILVICULTURA E MANEJO FLORESTAL: envolve a implantação manutenção e utilização das florestas plantadas ou nativas. Englobando estudos de produção sementes e mudas, praticas silviculturais, agrossilviculturais, utilização de medições e avaliações florestais, inventario florestal, economia florestal, planejamento florestal, política e lesgilação florestal e técnicas de geoprocessamento e o próprio manejo florestal.
TECNOLOGIA MADEIREIRA E PRODUTO FLORESTAL: área vinculada na transformação da árvore (matéria-prima), em produtos. Estuda-se anatomia e composição química das madeiras, serraria, tecnologia de secagem e preservação da madeira, painéis (MDF, Chapas de fibras, Compensados), carvão vegetal, resinas, produção de papel e celulose.
O profissional pode atuar no setor publico (instituições de pesquisas, universidades, etc.); no setor privado em empresas florestais, em consultorias; e no terceiro setor, no gerenciamento de ONGs, projetos sociais em áreas florestais.
A profissão de Engenheiro Florestal é regulamentada pela Lei 5.194 de 24 de Dezembro de 1966. Sendo estes profissionais fiscalizados e representados em âmbito nacional, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) e no âmbito regional pelo Conselho Estadual de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA).
POR QUE HOJE COMEMORAMOS HOJE O DIA DO ENGENHEIRO FLORESTAL
Com a evolução da Engenharia Florestal pelo mundo, houve a necessidade de reconhecer a importância desta profissão. Uma vez que nós Engenheiros Florestais somos os profissionais ligados diretamente com a manutenção da vida no planeta. E com intuito de homenagear todos estes profissionais que dedicam ao desenvolvimento e reconhecimento da Engenharia Florestal no mundo é que, o Papa Pio XIII proclamou São João Gualberto como Protetor dos Engenheiros Florestais, sendo assim, ficou determinado que a comemoração desta data fosse ao dia 12 de julho. E o porquê desta data?
Pois foi neste dia do ano que em 1073, que São João Gualberto faleceu. E que foi São João Gualberto?
João Gualberto foi um italiano, que presenciou uma grande tragédia familiar. Seu único irmão fora assassinado. E naquela época as famílias poderosas e ricas deveriam vingar-se dos assassinos de seus entes. Todos os dias João saia à procura do assassino, e foi numa sexta-feira santa, que encontrou o inimigo. O qual arrependido do seu ato implorava por seu perdão. E tomado de compaixão João Gualberto o perdoa. E para agradecer a Deus por ter perdoado aquele assassino, João entra na Basílica da São Miniato e quando de joelhos ele nota que o crucifixo o qual agradecia, destaca-se da parede da basílica inclinando para-si e naquele instante, ele ouve em seu intimo um chamado “Vem e segue-me”, assim ele segue a vida religiosa como monge na Abadia de São Miniato.
E foi em 1035 que João Gualberto e um confrade saíram da ordem, devido à morte do abade e da compra da nomeação de um novo substituto. Saíram em marcha percorrendo diversas regiões, já exaustos de tanto caminharem encontrava-se numa região montanhosa, com a mudança do tempo, indicando vinda de uma tempestade pela frente resolveram abrigar-se debaixo de uma árvore, a qual os abrigou e protegeu durante toda noite de tempestade. E ao amanhecer o dia eles encontravam-se secos e aquecidos, foi assim que ele percebeu que o Senhor os queria naquele local. Foi ai que se instalaram e fundaram uma nova ordem nos vales de Vallombrosa na Itália. Com disciplina e austeridade São João Gualberto, fundou no vale de Vallombrosa um centro de estudos e aprendizagem, onde pessoas de todos os lugares traziam seus filhos para estudarem lá. São João Gualberto não só se dedicou a vida religiosa, dedicando-se com os seus monges à agricultura e à silvicultura.
Historiadores mostram que foi São João Gualberto que iniciou o cultivo racional dos bosques de Vallombrosa e apontam os Valombrosanos como precursores da lei agrária; pois eles iniciaram a divisão da propriedade, criaram a burguesia rural, e deram poderoso impulso ao melhoramento das condições sociais do povo. E, ainda hoje, nos montes que rodeiam o Mosteiro de Vallombrosa, onde São João Gualberto começou os primeiros trabalhos de silvicultura, contemplam-se copadas árvores que fazem a admiração dos estrangeiros e tornam Vallombrosa um dos mais deliciosos lugares europeus de veraneio.
E foi este Santo que deixou aquela que pode se considerar como primeira ciência, mesmo que empírica, sobre o aproveitamento racional da floresta, sua proteção e preservação. Sendo seu lema o de “Conservar e saber usar”.
Profo André Ferreira dos Santos1
1 Engenheiro Florestal, professor do curso de Engenharia Florestal Universidade Federal do Tocantis UFT/Campus Gurupi - TO
Fonte: Ambiente Brasil
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