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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Estudo alerta para o risco de extinção dos castanhais da Amazônia.
A castanha-do-pará, um recurso da floresta amazônica que parecia infinito, pode estar correndo risco de extinção, ainda que num prazo de dezenas de anos.
Estudo detalhado em 23 castanhais no Brasil, Peru e Bolívia mostrou que a exploração intensiva impede a renovação das árvores mais velhas e sugeriu o uso de práticas de manejo sustentável, para evitar o colapso a longo prazo.
A equipe foi formada por 17 pesquisadores de instituições da América Latina, Europa e Estados Unidos e coordenada pelo brasileiro Carlos Peres, professor há oito anos da Universidade de East Anglia, Norwich, no Reino Unido.
Segundo Peres, as plantas originárias de viveiros, ou sementes germinadas a partir do processo natural de dispersão demorariam várias décadas até que pudessem substituir árvores que hoje são velhas e que caracterizam os castanhais persistentes explorados.
Para reverter o problema, Peres e colegas sugerem várias iniciativas. “Plantio de mudas cultivadas em viveiros; estabelecimento de quotas de coleta de sementes numa determinada área; e interrupção temporária da coleta de castanhas num determinado castanhal por dois ou três anos consecutivos, o que pode funcionar em regime de revezamento entre áreas exploradas ou não num determinado ano”.
A castanha-do-pará é um caso único de produto agrícola exportável que dispensa a lavoura. É coletada de árvores na floresta de terra firme amazônica. Tentativas com a monocultura da castanha não deram certo. Uma das principais fontes de receita de reservas extrativistas, só na Amazônia brasileira são coletadas 45 mil toneladas anuais do fruto, que rende US$ 33 milhões.
O valor da castanheira na sustentabilidade da exploração vai além. De acordo com Peres, “a castanheira, em boas condições de luz, tem uma taxa de crescimento excelente e pode ser usada como espécie catalisadora do processo de regeneração de capoeiras jovens ou degradadas”.
Além do valor específico de venda das castanhas, outras vantagens ambientais de plantar castanheiras nas florestas secundárias seriam o aumento dos níveis de biodiversidade e a retirada de gás carbônico da atmosfera, cujo acúmulo contribui para o aquecimento do planeta.
Camila Cotta
Fonte:Folha On Line.
Estudo detalhado em 23 castanhais no Brasil, Peru e Bolívia mostrou que a exploração intensiva impede a renovação das árvores mais velhas e sugeriu o uso de práticas de manejo sustentável, para evitar o colapso a longo prazo.
A equipe foi formada por 17 pesquisadores de instituições da América Latina, Europa e Estados Unidos e coordenada pelo brasileiro Carlos Peres, professor há oito anos da Universidade de East Anglia, Norwich, no Reino Unido.
Segundo Peres, as plantas originárias de viveiros, ou sementes germinadas a partir do processo natural de dispersão demorariam várias décadas até que pudessem substituir árvores que hoje são velhas e que caracterizam os castanhais persistentes explorados.
Para reverter o problema, Peres e colegas sugerem várias iniciativas. “Plantio de mudas cultivadas em viveiros; estabelecimento de quotas de coleta de sementes numa determinada área; e interrupção temporária da coleta de castanhas num determinado castanhal por dois ou três anos consecutivos, o que pode funcionar em regime de revezamento entre áreas exploradas ou não num determinado ano”.
A castanha-do-pará é um caso único de produto agrícola exportável que dispensa a lavoura. É coletada de árvores na floresta de terra firme amazônica. Tentativas com a monocultura da castanha não deram certo. Uma das principais fontes de receita de reservas extrativistas, só na Amazônia brasileira são coletadas 45 mil toneladas anuais do fruto, que rende US$ 33 milhões.
O valor da castanheira na sustentabilidade da exploração vai além. De acordo com Peres, “a castanheira, em boas condições de luz, tem uma taxa de crescimento excelente e pode ser usada como espécie catalisadora do processo de regeneração de capoeiras jovens ou degradadas”.
Além do valor específico de venda das castanhas, outras vantagens ambientais de plantar castanheiras nas florestas secundárias seriam o aumento dos níveis de biodiversidade e a retirada de gás carbônico da atmosfera, cujo acúmulo contribui para o aquecimento do planeta.
Camila Cotta
Fonte:Folha On Line.
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