Existe a possibilidade do crescimento de 3,2 milhões de hectares de reflorestamento no Uruguai. Em 20 anos passou de 20.000 hectares plantados para mais de 800.000 e continuam aumentando os investimentos industriais.

Há vários investimentos na área de transformação mecânica da madeira a desenvolver nos próximos meses, além de outros empreendimentos que tem manifestado interesse e cujas empresas seguem estudando os planos de negócio para instalar-se.

O reflorestamento uruguaio é um exemplo de uma política oficial sustentável no tempo, independentemente dos governos e isso possibilita o crescimento de 20.000 hectares para mais de 800.000 nos últimos 20 anos. O futuro é promissor e ainda tem "3,2 milhões de hectares com prioridade florestal para crescer, as mais outras das 800.000 hectares.", adiantou Alvaro Molinari, presidente da Sociedade de Produtores Florestais do Uruguai ao El Pais.

"O setor tem um enorme potencial para crescer e para gerar emprego no interior do país, precisamente onde o trabalho está escasso.", disse Molinari com orgulho.

Outro dos desafios para o setor é continuar concentrando o ritmo de crescentes investimentos no setor industrial.

"Teremos uma fábrica de celulose funcionando, porém temos vários outros empreendimentos associados, como as fábricas de contra-chapado de Tacuarembo e Rivera, mais outros serrados que se estão instalando", recordo Molinari.

Competitividade.

O baixo preço do dólar e a perda de competitividade que isso gera, preocupa a este setor.

"É certo que as commodities tem tido uma subida de preços muito importante, porém no setor da madeira tem duas realidades. Teremos o sub-setor da celulose que tem um preço internacional muito bom, porém o setor madeira solida não", explicou.

Neste último caso, as crises geradas nos Estados Unidos na construção afetam muito. Os Estados Unidos é o principal mercado para a madeira sólida e o que move os preços a nível mundial neste produto. Essa crise, "mais os constantes aumentos de custos, tende a piorar configuração possível e estamos constantemente brigando por soluções para este tema", admitiu o presidente da Sociedade de Produtores Florestais.

Quanto ao futuro, o empresário disse ser "muito otimista" porque tem "um enorme potencial de crescimento".

“Segundo Molinari, atualmente o crescimento do setor florestal “é real” e tem deixado de ser uma promessa” e estimou que o rubro "continuará crescendo nas mãos de novos investimentos que estão a estudo. Teremos muito por fazer".

Fonte: El Pais