A Câmara Setorial de Silvicultura será primordial na definição de políticas para as florestas plantadas. A avaliação é do secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Silas Brasileiro, que participou na manhã desta quarta-feira (18), da instalação do colegiado, em Brasília.

Para Silas Brasileiro, a Câmara pretende contribuir com recursos adicionais para buscar a preservação do meio ambiente e das reservas naturais. "Temos clima, solo e condições de abastecer todo o mercado, principalmente o siderúrgico. Se tivermos a preocupação de usar as áreas degradadas, principalmente as de pastagens, para o cultivo das florestas, vamos ter renda para o produtor, abastecimento para o mercado, sem abrir novas áreas”, ressaltou.

De acordo com o presidente da Câmara Setorial de Silvicultura, Fernando Henrique da Fonseca, entre as prioridades do setor para este ano destacam-se a divulgação da segurança na plantação de florestas no Brasil e demonstração dos principais benefícios à sociedade. “Não é necessário desmatar nenhuma área. Para cada árvore plantada, preservam-se cerca de 10 árvores. Hoje, existem 5,5 milhões de hectares de florestas plantadas e praticamente cinco milhões de áreas preservadas pelas mesmas empresas que plantaram essas florestas”, enfatizou Fonseca.

No encontro, o coordenador-geral para Pecuária e Culturas Permanentes, da Secretaria de Política Agrícola (SPA), João Antônio Fagundes Salomão, apresentou as principais ações para o setor florestal desenvolvidas pelo Mapa na área de Política Agrícola. “Temos o seguro rural, que está em pleno desenvolvimento. Em 2006, tivemos 15 operações e, em 2007, foram mais de 100 na área florestal. Isso significa que o setor está conhecendo mais esse instrumento e a expectativa é que as adesões aumentem em 2008. Além disso, o Ministério da Agricultura tem o crédito rural e as áreas de sementes, mudas, insumos e defensivos agrícolas para esse setor”, explicou.

O projeto de Integração Lavoura-Pecuária-Silvicultura, que consiste na produção de grãos, pecuária e madeira na mesma área, também foi destaque da reunião. “Por meio desse sistema, que desenvolvemos em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, o produtor poderá ter ganhos em relação à sustentabilidade do solo e às questões econômicas e ambientais, o que contribuiria para o aumento de renda”, afirmou Salomão.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento