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Notícias

15
jun
2008
(COMÉRCIO EXTERIOR)
Competitividade abre portas para exportação

A importância econômica da atividade exportadora para micro e pequenas empresas gaúchas foi tema de um encontro realizado na sede da Universidade Sebrae de Negócios (USEn), em Porto Alegre. A palestra Estratégias de Internacionalização das Micro e Pequenas Empresas, com o professor italiano Nicola Minervini, promovida pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (Sebrae/RS), reuniu profissionais da área de comércio internacional ligados a entidades parceiras da entidade.

As ferramentas para melhorar a competitividade das empresas e atuar com sucesso no mercado internacional foram apresentadas pelo professor italiano Nicola Minervini. Entre conceitos de empreendedorismo e exemplos práticos de empresários que conquistaram o mercado externo, o palestrante ressaltou que levar aos demais países uma imagem positiva do Brasil é fundamental para o desenvolvimento da exportação. “O Brasil se mantém hoje no terceiro lugar do ranking mundial de franchising, porém poucas pessoas sabem desse potencial. Serviços de engenharia, implementos agrícolas e artesanatos artísticos também são produtos dominados no Brasil e muito solicitados no mercado internacional. O que precisamos é vender a marca “Brasil”, abrindo portas para novos negócios e conquistando a confiança de empresas de fora do País”, explica.

Entre os pontos apresentados por Minervini como essenciais para a inserção dos empreendedores gaúchos no cenário internacional estão a avaliação das empresas sobre sua capacidade exportadora; o entendimento das exigências do mercado internacional; a capacidade industrial dos empreendimentos; o desenvolvimento tecnológico, a originalidade dos produtos; a disponibilidade de recursos; e a atitude dos empresários frente à mudança de mentalidade. “O processo de qualificação da competitividade mercadológica depende de um desenvolvimento gradual. Muitas empresas acabam fracassando pela ânsia de resultados imediatos. No entanto, o mercado internacional exige um amadurecimento das empresas. Pequenos empreendimentos começam a vender seus produtos apenas dentro dos bairros, ampliando, com o passar do tempo, a distribuição para os shoppings da cidade, outros municípios do Estado, outros estados do País e, finalmente, se vêem prontos para exportar para o mundo”, disse o palestrante.

De acordo com a gerente da área de Pesquisa e Desenvolvimento de Soluções do Sebrae/RS, Naira Lobraico Libermann, o tema internacionalização vem ao encontro do processo de reposicionamento estratégico pelo qual o Sebrae/RS passa este ano. “Desenvolver uma nova visão de preparo para o mercado externo, unindo esforços em favor do desenvolvimento dos empreendedores do Rio Grande do Sul é uma das ações que priorizaremos durante o triênio 2009/2011“, adianta. A realização do encontro, com a presença de um importante profissional da área de exportação, destaca Naira, chega em um bom momento para reflexão sobre o tema, abrindo horizontes de novas oportunidades de projetos voltados à entrada de produtos regionais no mercado internacional.

Individualmente, o maior mercado gaúcho continua sendo os Estados Unidos, mesmo tendo baixado sua participação de 22,22% em 2003, para 19,52% em 2004 e para 18,21% das exportações gaúchas em 2005. Em segundo lugar aparece a Argentina que aumentou sua participação nas exportações gaúchas de 7,57% em 2003, para 8,88% em 2004 e 10,19% em 2005. Dados do Sebrae Nacional mostram que as MPEs representam 7 mil das 11,2 mil empresas que exportam no País, e a falta de continuidade nas exportações dificulta a inserção no exterior. O índice de descontinuidade chega a 70% nas empresas de pequeno porte e 61% nas microempresas. O índice de MPEs que exportam há mais de dez anos é de 34%. Entre os setores brasileiros que mais exportam estão o têxtil e o calçadista.

Fonte: Sebrae/RS

ITTO Sindimadeira_rs