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As oscilações da moeda americana continuam influenciando um dos principais setores econômicos de Mato Grosso – o das indústrias madeireiras – e confirmando a projeção lançada no início do ano pelos principais setores de base florestal, quanto a uma nova postura: investir no mercado interno, ao externo, tem sido a melhor alternativa.
Neste mês, o dólar tem variado entre R$1,63 e R$1,61. Já na última semana de maio, encerrou a sessão em baixa superior a 1%, na menor cotação em nove anos. O menor valor de 2008 era do dia 16 de maio, quando a divisa chegou a R$ 1,642.
Para o presidente do Centro das Indústrias Produtores e Exportadoras de Madeira do Estado (Cipem), Jaldes Langer, o aquecimento no mercado interno tornou-se notável. “O consumo aumentou devido as obras de programas governamentais e a construção civil. Com o dólar atual, a exportação tornou-se inviável”, declarou, ao Só Notícias.
Ele ressalta que o mercado tem ditado as regras e afetado toda uma cadeia. “Há muita apreensividade e não se tem algo concreto. Um fato político, por exemplo, ou a descoberta de novos poços de petróleo faz o dólar oscilar", ponderou.
Para o presidente, embora alguns empresários ainda mantenham negócios com o exterior, a realidade não pode ser generalizada. “Alguns empresários são uma exceção, pois possuem nichos de mercado que ainda são viáveis ou produtos e fabricações diferenciadas”, ressaltou.
O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), compartilha da mesma idéia. “Hoje está difícil de praticar o mercado externo. Os empresários têm conseguido melhores preços internamente”, acrescentou. Entre as principais dificuldades em se trabalhar com outros países, explica José Eduardo, estão as despesas, que se tornam maiores que a rentabilidade obtida. “Hoje os custos estão maiores que o valor da venda”, acrescentou.
Desde fevereiro de 2006, a maior parcela das vendas de produtos de origem florestal realizados por madeira permaneceu no território nacional. 55,09% destinaram-se a outros Estados, 14,91% internas e 29,99% a outros países, conforme dados divulgados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
Apenas em maio, dos R$141, milhões negociados, R$24,7 foram para outros Estados, R$83,5 de exportações e R$33,2 em vendas internas. Em abril, a venda total de madeira foi de R$ 139 milhões sendo R$30,8 milhões para Estados da federação, R$79, 8 voltados ao mercado internacional e R$28,4 em vendas internas.
Fonte: Só Notícias
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