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A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (5) o procurador federal do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em Rondônia durante uma operação contra exploração ilegal de madeira.
A operação, batizada de Savana, cumpre 10 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão. Além do procurador, a PF prendeu o assessor jurídico da Sedam (Secretaria de Desenvolvimento Ambiental), um advogado e empresários madeireiros. Os nomes ainda não foram divulgados.
Segundo o Ministério Público Federal em Rondônia, as investigações apontaram a ação de quatro grupos de agentes econômicos privados que utilizavam expedientes criminosos para obter vantagem financeira.
O primeiro grupo agia dentro da Sedam, utilizando a transposição de sistemas de controle para gerar saldos fictícios de essências de madeiras e as guias florestais utilizadas nos transportes do produto extraído ilegalmente.
O segundo possibilitava a confecção e venda de notas fiscais frias, aquisição de planos de manejo fantasmas, emitia as guias florestais fraudulentas para acobertar o transporte de madeira ilegal, enquanto o terceiro intermediava a compra de documentos e de madeiras para exportação.
O quarto e último grupo está envolvido no esquema de acerto de quantias financeiras para a liberação de empresas, diminuição de multas e desconstituição de autos de infração lavrados pelo Ibama.
Segundo a Procuradoria, a PF investigou o esquema durante nove meses. Além dos mandados de prisão e de busca e apreensão, o Ministério Público pediu a quebra de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos e a realização de uma auditoria nos órgãos ambientais.
Os acusados devem responder por corrupção de agentes públicos e falsificação de documentos.
Cerca de 160 policiais federais do Acre, Amazonas, Mato Grosso e Rondônia participam da operação.
Fonte: Estadão Online
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